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Jornal Rede Metrópole Litoral: 25/08/2024

Foto: pensarcursos.com.br

O MAIOR IMPOSTO DE TODO O MUNDO:



 
   

 

 
 

    

     De acordo com a Fazenda, as novas exceções incluídas no projeto resultaram na alta de 1,47 ponto percentual em comparação com a primeira projeção divulgada pela Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, que era de 26,5%.

     No Projeto de Lei Complementar (PLP), os deputados incluíram uma trava para que a alíquota de referência da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) não ultrapasse 26,5% a partir de 2033, de modo a não aumentar a carga tributária do país. O texto da Câmara determina que, se a alíquota ultrapassar o teto, o governo será obrigado a elaborar, em conjunto com o Comitê Gestor do IBS, um projeto de lei complementar com medidas para diminuir a carga tributária. Com a limitação do futuro imposto, o governo perderá receitas no longo prazo.

     Os Estados Unidos são únicos entre os principais países porque cobram impostos estaduais e locais sobre vendas, em vez de um IVA nacional. A taxa média de imposto sobre vendas estadual e local americana foi de 6,6% em 2020. Entre os países com IVA, a maior alíquota era a da Hungria, com 27%, seguida por Dinamarca, Noruega e Suécia, com 25% cada um. Entre os menores estão o Canadá, com 5%, e Andorra, com 4,5%. A média não ponderada de 2023 entre os 28 países membros da OCDE é de 19,2%.

     A taxa-padrão da União Europeia é de 21%, seis pontos percentuais acima da taxa mínima de IVA exigida pela regulamentação da região. Os regimes diferenciados, que significam alíquotas menores para determinados setores, também acontecem em outros países que utilizam o IVA. No entanto, em sua maioria, esses regimes contemplam apenas bens e serviços específicos considerados essenciais para a população, como serviços de saúde, educação, transporte coletivo de passageiros, medicamentos, produtos agropecuários in natura, alimentos da cesta básica e produtos de higiene pessoal.

     A versão brasileira do imposto será dual, dividida em duas partes: o texto propõe a substituição de dois tributos federais (PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; e de outros dois tributos (ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios. Já o IPI, que tributa produtos industrializados, será transformado em um imposto seletivo.

     O fato de o IVA brasileiro ser um dos maiores do mundo não significa que a reforma vai necessariamente aumentar os impostos para a população. Segundo estudo do Observatório de Política Fiscal da FGV, publicado em agosto, a carga tributária efetiva sobre o consumo no Brasil em 2022 ficou entre 24,9% e 27,8%. O secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, já afirmou que um produto-padrão tem incidência de mais de 30% de tributos sobre o preço em alguns casos, ao se considerar impostos federais e estaduais.    

 

Fonte: Exame.com

 

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