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Jornal Rede Metrópole Litoral: 19/11/2024

 

GOLPE DE ESTADO PLANEJADO EM 2022:



 
 

    

     A Polícia Federal (PF) realiza, nesta terça-feira (19), uma operação contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

     Segundo a PF, o grupo – formado em sua maioria por militares das Forças Especiais, os chamados “kids pretos” – visava um golpe de estado para impedir a posse do governo eleito em 2022. Entre os alvos, estão quatro militares (incluindo um general da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro) e um policial federal.

     O planejamento operacional da organização era denominado como “Punhal Verde e Amarelo”. De acordo com o plano, os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes aconteceriam em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral.

     É o que revela o relatório da investigação que autorizou a operação desta manhã e que teve o sigilo retirado por Moraes. Segundo o documento, os militares atuavam nas Forças Especiais, e o policial federal chegou a trabalhar na segurança do então eleito Lula durante a transição, vazando informações “para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) aderindo de forma direta ao intento golpista”.

     A PF classificou a tentativa de homicídio das autoridades como “ações clandestinas” de uma operação intitulada “Copa 2022” para “neutralizar o ministro Alexandre de Moraes” e “extinguir a chapa presidencial vencedora”. De acordo com o relatório, o general Mário Fernandes, que foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, comandou as Forças Especiais e chegou a fazer uma lista dos armamentos que seriam utilizados para a execução de Lula, Alckmin e Moraes – uma operação que custaria R$ 100 mil.

     Fernandes elencou o uso de armamento “de alto poderio bélico” como pistolas e fuzis, uma metralhadora, um lança-granada e 1 lança-rojão, que seriam operados por seis pessoas em Brasília para causar as mortes. “São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate”, revela o documento.

     Outro trecho aponta, ainda, a possibilidade de envenenamento de Lula ou o “uso de químicos para causar um colapso orgânico”, considerando “sua vulnerabilidade de saúde e ida freqüente a hospitais”. Já a execução de Moraes ocorreria “com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público”, com o ápice marcado para o dia 15 de dezembro de 2022.

      “kids pretos” presos: tenente-coronel Helio Ferreira Lima, major Rodrigo Bezerra Azevedo e major Rafael Martins de Oliveira.

         

Fonte: Metrópoles/ Uol/ Carta Capital

 

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