Este Domingo de Ramos, 13, marcou mais um
capítulo terrível na guerra em curso na Ucrânia. No que deveria ter sido
um dia sagrado e pacífico de culto, uma tragédia atingiu a cidade de
Sumy, no nordeste da Ucrânia, transformando o Domingo de Ramos em um dia
de luto e devastação: o ataque russo que matou mais de 30 pessoas,
incluindo várias crianças, e feriu mais de 80 civis.
Dois mísseis balísticos atingiram o coração da
cidade por volta das 10 horas da manhã, quando os fiéis, nas ruas
lotadas no dia da festa, se reuniam para a missa que dá início à Semana
Santa. Cenas devastadoras foram mostradas na TV, com corpos nas ruas e
bombeiros empenhados em apagar as chamas dos carros em meio aos
escombros dos prédios destruídos.
O
Ministério da Defesa russo confirmou o ataque nesta segunda-feira,
afirmando que foram usados dois mísseis “Iskander-M”,
mas alegou que o alvo do bombardeio era uma equipe de
Comando do Grupo Operacional-Tático das Forças
Armadas Ucranianas. De acordo com a pasta,
60 soldados ucranianos foram mortos durante o ataque.
As
autoridades ucranianas inicialmente sugeriram que o ataque possivelmente
foi realizado com munições de fragmentação, que contêm vários explosivos
que são liberados em uma área ampla e são particularmente perigosas em
regiões povoadas de civis. De acordo com o chefe
do gabinete do presidente ucraniano, Andriy Yermak, o bombardeio do
último domingo em Sumy foi um “ataque deliberado a civis”.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia,
Serguei Lavrov, em entrevista ao jornal russo Kommersant, por sua
vez, afirmou que Moscou realizou o ataque a partir de evidências de uma
reunião de líderes militares ucranianos com representantes ocidentais.
Nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou
sobre os trabalhos de resgate em andamento, se referiu à Rússia como
"escória imunda" e também pediu uma resposta global ao ataque.
"Segundo informações preliminares, dezenas de
civis foram mortos e feridos. Só uma escória imunda pode agir assim,
tirando a vida de pessoas comuns. As negociações nunca impediram mísseis
balísticos e bombas aéreas. O que é necessário é uma atitude em relação
à Rússia que um terrorista merece", afirmou.
AUTORIDADES
EUROPÉIAS CONDENARAM OS ATAQUE RUSSOS:
Vários
líderes europeus reagiram ao sangrento ataque com mísseis russos à
cidade ucraniana de Sumy no Domingo de Ramos. O
presidente do Conselho Europeu chamou-lhe de um "ataque criminoso".Numa
altura em que o número de mortos supera 33, vários lideres europeus
condenaram o sangrento ataque russo à cidade de Sumy, no norte da
Ucrânia.
O
presidente do Conselho Europeu demonstrou nas redes sociais total
indignação por aquilo a que chamou de um "ataque
criminoso de mísseis da Rússia ao centro da cidade de Sumy", em
pleno dia de celebração do Domingo de Ramos, antes Páscoa. António Costa
disse ainda que a "Rússia continua a sua campanha
de violência, demonstrando uma vez mais que a guerra persiste apenas por
que a Rússia quer". Costa apelou ainda à comunidade internacional
total condenação pelo ataque.
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas,
também demonstrou indignação, classificando o ataque como um
"exemplo horrível de intensificação dos ataques
por parte da Rússia, enquanto a Ucrânia aceitou um cessar-fogo
incondicional", escreve Kallas.
O
primeiro-ministro do Reino Unido também disse estar
"chocado" pelo ataque russo. "Estou chocado com os
horríveis ataques da Rússia a civis em Sumy e os meus pensamentos estão
com as vítimas e os seus entes queridos neste momento trágico".
Ursula von der Leyen também reagiu aos
ataques nas redes sociais, ao sublinhar que a
"crueldade russa voltou a atacar, matando homens, mulheres e crianças na
cidade de Sumy. Um ataque bárbaro, tornado ainda mais vil quando as
pessoas se reuniam pacificamente para celebrar o Domingo de Ramos".
A líder da União Europeia aponta para a "flagrante
violação do direito internacional" por parte da Rússia e pede
"medidas urgentes e enérgicas para impor um
cessar-fogo". "A Europa continuará a contactar os seus parceiros e a
exercer uma forte pressão sobre a Rússia até que o derramamento de
sangue termine e seja alcançada uma paz justa e duradoura, nos termos e
condições da Ucrânia. As vítimas do ataque de hoje, as suas famílias e
todos os ucranianos estão nos nossos corações. Hoje e todos os dias, a
Europa está ao lado da Ucrânia e do Presidente @ZelenskyyUa",
escreve von der Leyen.
Fontes: Cançaonova.com/ CNNBrasil.com.br/
PTEuronews.com
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