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O aumento do dólar, que nos últimos dias chegou na marca de R$
6,30, tem reflexo imediato na economia de todo o país.
No acumulado do ano, a alta do dólar
já ultrapassa 26%. O aumento do dólar gera
dois impactos principais: piora no poder de compra das famílias, devido
à alta dos preços, e aumento nos custos para as empresas.
Para o brasileiro comum,
o dólar alto significa um aumento nos
preços de produtos como alimentos, combustíveis, eletrodomésticos e até
passagens aéreas. Com a inflação pressionada, o poder de compra tende a
diminuir e, muitas vezes, consumidores recorrem a produtos de marcas
mais baratas ou reduzem gastos não essenciais. O impacto vai além dos
produtos importados, pois os preços de bens industrializados também
sofrem com o aumento dos custos de insumos.
Os preços dos produtos agrícolas também tendem
a subir em 2025, o que será positivo aos produtores rurais de acordo com
algumas projeções de canais especializados no setor.
Para 2025, a estimativa do Governo é de que a
inflação no país suba novamente. Na semana passada, avançou de 4,59%
para 4,60%. Deste modo, continuou acima do teto de 4,5% do sistema de
metas também no próximo ano.
Na segunda-feira, 16/12, o BC realizou um leilão extraordinário no valor
de US$ 4,6 bilhões, sendo US$ 1,6 bilhão em operações à vista e US$ 3
bilhões em um leilão de linha, com compromisso de recompra.
Entre
os dias 12 e 16 deste mês, a autarquia realizou a maior intervenção em
um único mês desde março de 2020, injetando US$ 12,760 bilhões no
mercado por meio de sete leilões à vista ou com compromisso de recompra
(leilão de linha). Os leilões são ferramentas
utilizadas pelo BC para aumentar a oferta de dólares no mercado,
reduzindo pressões de alta.
O governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) atingiu o pico da desaprovação por agentes do mercado
financeiro em pesquisa divulgada pela Genial/Quaest, na quarta-feira,
4/12. Para 90% dos entrevistados, a terceira
gestão do petista está sendo negativa. A pesquisa foi feita entre os
dias 29 de novembro e 3 de dezembro, ou seja, logo após a divulgação do
pacote fiscal pelo ministro Fernando Haddad, que provocou a escalada do
dólar. Foram ouvidos gestores, economistas, analistas e tomadores de
decisão de 105 fundos de investimentos com sedes em São Paulo e no Rio
de Janeiro.
A disparada do dólar é influenciada por fatores econômicos e políticos,
tais como o risco fiscal em que o Brasil se encontra e suas incertezas,
instabilidade política e as declarações do presidente Lula criticando os
juros elevados ainda pioraram a percepção de risco dos investidores. O
discurso governamental tem se apoiado em narrativas de ataque
especulativo ao real e perseguição política para justificar o atual
cenário.
Fonte: BBC.com/ Nordinvestimentos.com.br/
Terra.com.br/ Gazetadopovo.com.br/ Alegretetudo.com.br
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