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Além disso, houve o anúncio de que as ações da
companhia corriam o risco de serem retiradas da Bolsa, porque a empresa
ainda não havia apresentado seu relatório anual, um dos pré-requisitos
para a listagem.
O comunicado da Tupperware fez as ações evaporarem
cerca de 50% na segunda-feira (dia 10) na Bolsa de Nova York. Já na
terça (dia 11), o papel fechou o pregão com 4% de alta, mas o dano à
confiança do investidor pode ter sido irreparável.
A situação atual da Tupperware, empresa que possui 77
anos de existência, acende o alerta para a piora das condições de
crédito para empresas e famílias americanas, uma consequência direta do
aperto monetário iniciado há um ano pelo Federal Reserve e que hoje
entrega uma taxa-base de 5,5%.
Em estudo recente, a agência S&P estima que a recessão
nos EUA trará consigo a falência de mais de 660 empresas até o fim de
2023.
Além do momento macroeconômico mais difícil, a
Tupperware está sofrendo com a incapacidade de se reinventar no mercado
de varejo.
Consultado pela BBC, o especialista em varejo da
GlobalData, Neil Saunders explica que o público mais jovem já não
considera a Tupperware tão inventiva ou estilosa quanto outras marcas
disponíveis no mercado; a tendência de procura por embalagens mais
sustentáveis, ao invés do polímero plástico oferecido pela Tupperware,
também exerce seu peso na queda das vendas.
A conjunção desses fatores fez com que a empresa
precisasse reduzir em 18% o seu quadro de vendedores diretos em 2022. A
Tupperware agora avalia novas medidas de corte de custos, como o anúncio
de novas rodadas de demissões e vendas de propriedades.
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