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A antecipação de R$ 30,1 bilhões em precatórios para este ano fez o
déficit primário bater recorde para meses de fevereiro. No mês passado,
o Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social
– registrou resultado negativo de R$ 58,444 bilhões, o maior déficit
desde o início da série histórica, em 1997.
Em relação a fevereiro do ano passado, o déficit subiu
37,7% além da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). O resultado veio pior do que o esperado pelas
instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada
todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado
esperavam resultado negativo de R$ 31 bilhões em fevereiro.
Na comparação com fevereiro do ano passado, as receitas
subiram, mas as despesas aumentaram em volume maior por causa da
antecipação de precatórios e de gastos com o Bolsa Família e dos gastos
com a Previdência Social. No último mês, as receitas líquidas subiram
28,9% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta chega a 23,4%. No mesmo
período, as despesas totais subiram 33,2% em valores nominais e 27,4%
após descontar a inflação.
As receitas não administradas pela Receita Federal
subiram 61,8% acima da inflação na mesma comparação. As maiores altas
foram provocadas pela transferência de depósitos judiciais da Caixa para
o Tesouro no total de R$ 4,35 bilhões e o pagamento de dividendos de R$
3,5 bilhões do Banco do Brasil e da Petrobras ao Tesouro Nacional. Essas
altas compensaram a queda de R$ 567,1 milhões nos royalties, decorrente
da queda do petróleo no mercado internacional.
Fonte: agenciabrasil.ebc.cm.br
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