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O
pregão de sexta-feira (8) foi bastante negativo para a Petrobras
(PETR3;PETR4), após a companhia anunciar apenas o pagamento de
dividendos mínimos, sem a divulgação do provento extraordinário.
O papel PETR3 caiu 10,37%, enquanto PETR4 teve
baixa de 9,14%, levando a uma perda de valor de mercado de R$ 52,3
bilhões, passando de R$ 533,1 bilhões de valor para R$ 480,8 bilhões,
conforme dados ajustados pela B3.
A
petroleira chegou a perder mais de R$ 70 bilhões de valor de mercado
durante a sessão. No pior momento do dia, as PNs
recuaram 13,1%, e as ONs caíram 14%, representando uma perda de R$ 72,7
bilhões em valor. Na véspera, os papéis da Petrobras já haviam
caído cerca de 9% no after-market da NYSE em meio aos rumores (depois
confirmados) de não pagamento de dividendos extraordinários.
A
Petrobras informou que seu conselho de administração autorizou o
encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de
abril de 2024, a proposta de distribuição de dividendos equivalentes a
R$ 14,2 bilhões, segundo fato relevante, sendo o valor estabelecido pela
política de remuneração e sem pagamentos extraordinários.
Analistas destacaram que o anúncio do dividendo de
R$ 14,2 bilhões decepcionou fortemente os investidores. Conforme
aponta o JPMorgan, a expectativa era de que
houvesse pagamento de dividendos extraordinários de
aproximadamente US$ 2,5 ou 4,0 bilhões, além dos
US$ 3,4 bilhões de dividendos mínimos, sendo que “alguns esperavam ainda
mais”.
Contudo, a Petrobras não anunciou os dividendos extraordinários e, em
vez disso, o conselho optou por direcionar US$ 9,0
bilhões (cerca de R$ 43,9 bilhões) na criação de uma reserva de
Remuneração de Capital.
As
ações chegaram a diminuírem suas perdas durante a teleconferência de
resultados, após executivos da companhia afirmarem que poderá distribuir
aos acionistas o montante destinado à reserva estatutária em qualquer
momento, caso haja uma decisão futura neste sentido, porém, na última
hora de pregão voltaram a cair com as notícias de que
a decisão do conselho de administração partiu do
próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o governo quer que
a empresa use para investimentos o dinheiro que seria destinado à
remuneração extra aos acionistas.
Fonte: Infomoney
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