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Pela
primeira vez desde o início do seu terceiro mandato,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem
menos de 50% de aprovação. Segundo a pesquisa AtlasIntel divulgada na
quinta-feira, 7, a avaliação positiva caiu de 52% para 47%, e a
desaprovação subiu de 43% para 46%.
Essa
é a segunda pesquisa de opinião que mostra uma piora na avaliação do
governo. Na quarta-feira, 6, a pesquisa Genial/Quaest
mostrou uma queda da aprovação do presidente Lula. Entre os
grupos avaliados, o pior cenário é entre os evangélicos, onde 62,8%
desaprovam o trabalho do presidente. No recorte por religião, esse grupo
é o único que a maioria não avalia de forma positiva Lula.
Ao observar o recorde por renda, 55,6% dos
eleitores com renda familiar entre R$ 3.000 e R$ 5.000 não estão
satisfeitos com o trabalho do petista. Homens e pessoas com mais de 60
anos também mais desaprovam do que aprovam o presidente. Os melhores
resultados de Lula são entre a população da região Nordeste, com 56,3%
da aprovação, entre as pessoas com ensino superior completo, 52,1%, e os
mais pobres, com renda de até R$ 2.000, onde o presidente é aprovado por
53,6% da população.
A
pesquisa aponta que o Brasil segue polarizado, com Lula sem conseguir
conquistar uma parcela relevante dos eleitores que votaram no
ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022.
O levantamento mostra que apenas 2,9% que votaram
em Bolsonaro aprovam o trabalho de Lula, enquanto 95,9% desaprovam.
Entre os que votaram no petista no segundo turno, 86,9% aprovam e 6%
desaprovam.
O levantamento mostrou ainda que 40,6%
avaliam o governo como ruim ou péssimo, e entre as áreas que mais
prejudicaram a avaliação do governo está a segurança pública, que teve
alta de 14 pontos percentuais na taxa de ruim e péssimo. A alta das
avaliações negativas também atingiu áreas como responsabilidade fiscal e
controle de gasto, combate à corrupção e direitos humanos.
Nas
relações internacionais, área com boa avaliação nas pesquisas
anteriores, a taxa de ótimo e bom caiu nove pontos percentuais. O
resultado pode ser reflexo das declarações do presidente Lula sobre o
conflito Israel e Hamas, quando comparou o desastre humanitário em Gaza
ao Holocausto, e abriu uma crise diplomática com Israel.
Fonte: exame.com
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