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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse ter sugerido aos
Correios a implementação de um aplicativo de entregas “sem a neura do
lucro dos capitalistas”, diferentemente do que ocorre, segundo
ele, em empresas como Uber e iFood. A declaração ocorreu na quarta
(4/03), na Câmara dos Deputados.
Marinho prestava esclarecimentos sobre a recriação do imposto sindical
na Comissão de Fiscalização Financeira. A afirmação sobre os aplicativos
de entrega veio em resposta ao deputado federal Kim Kataguiri (União-SP),
autor do requerimento da sessão e primeiro a fazer perguntas.
O
parlamentar havia indagado sobre a intenção do Ministério do
Trabalho em regulamentar as relações de trabalho entre empresas de
aplicativo e entregadores. “A imprensa disse: e se
a Uber sair do Brasil? Primeiro, que a Uber não vai sair do Brasil,
porque é o Brasil o seu mercado”, afirmou Marinho.
“Segundo, se caso queira sair, o problema é só da
Uber, porque outros concorrentes ocuparão esse espaço, como é o
mercado".
Luiz
Marinho discursou também na segunda, (4/4), durante o evento de
assinatura e apresentação do projeto de lei encaminhado ao Congresso com
a proposta para regulamentar a atividade dos serviços de aplicativo de
transporte de passageiros, como Uber e 99.
Representantes dessas companhias e de trabalhadores que usam as
plataformas estiverem presentes no evento. As empresas não negociaram a
regulamentação de suas atividades e por isso foram criticadas pelo
ministro, que chamou o sistema de trabalho por elas utilizados de
"altamente explorador".
O
projeto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
apresentado pela equipe do governo, não engloba as atividades exercidas
pelas empresas de delivery, como iFood e Mercado
Livre porém ambas foram citadas também pelo ministro Luiz Marinho
durante seu discurso, "...mas o fato é que iFood e
as demais, Mercado Livre, enfim, declaram que o padrão dessa negociação
não cabe no seu modelo de negócio", afirmou.
O
ministro anunciou que pretende fazer outra proposta para regulamentar as
plataformas de entrega. “É preciso que essas
plataformas também cheguem na real e possam sentar para conversar. Mas
precisam saber que é necessário estabelecer um padrão remuneratório, uma
condição de cidadania, condição de vida digna aos trabalhadores”.
Lula
também discursou no evento. Assim como o ministro, ele também teceu
críticas às plataformas de entrega e afirmou que o governo vai fazer
pressão para que as atividades sejam regulamentadas.
Fonte: CNN Brasil/ Carta Capital
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