Perto do fim da partida, bombas já começaram a ser
estouradas nos arredores do Urbano Caldeira. A situação ficou
ainda pior quando saiu o segundo gol do Leão. Explosivos foram
arremessados para dentro do gramado. Cadeiras
foram quebradas e arremessadas no campo, assim como chinelos, papel
higiênico e até mesmo assentos sanitários.
Imediatamente, o árbitro acabou a partida e correu
para o vestiário, assim como os jogadores do Fortaleza. Os
atletas do Peixe ainda esperaram por alguns minutos no centro do
gramado, alguns chorando. Do lado de fora, torcedores depredaram o
entorno da Vila Belmiro. Um grupo de pessoas ainda
tentou invadir o estádio, mas foi contido pela Polícia Militar.
Do
lado de fora, diversos veículos foram queimados. Somente
na Rua Tiradentes foram quatro carros
carbonizados, incluindo o da família de Steven Mendoza. Nas
proximidades, quatro ônibus foram atacados e incendiados. O clima no
entorno da Vila Belmiro foi de luto e destruição horas depois do
primeiro rebaixamento na história do Santos, após
derrota por 2 a 1 contra o Fortaleza, em jogo válido pelo Campeonato
Brasileiro.
O
rebaixamento do Santos segue gerando vandalismo.
Na quinta-feira, a Vila Belmiro foi invadida por
cerca de 20 pessoas. Os torcedores entraram no estádio pelo
portão 16, que é utilizado por funcionários do clube no dia a dia. O
grupo estava em busca de algum membro da diretoria e subiu até o andar
onde fica a sala do presidente Andres Rueda, que não estava presente no
local.
Os
santistas pediram para que os funcionários que estavam trabalhando no
prédio se retirassem e a Polícia Militar foi chamada para conter os
invasores.