Por 47 votos favoráveis, 31 contrários e duas abstenções, o Plenário do
Senado aprovou a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o
Supremo Tribunal Federal.
A oposição votou contrariamente à nomeação sob o
argumento de que ele será "militante" no STF. Marcos Rogério
(PL-RO) se disse surpreso com as duas versões de Dino: a da sabatina em
que foi cortês e a do ministro da Justiça, conhecido pelo tom
provocador.
O
líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
ressaltou que o futuro ministro da Justiça não vai atuar de maneira
política na corte. Alessandro Vieira (MDB-SE) avalia que Dino vai se
unir à ala política do STF ao citar o ministro Gilmar Mendes. Já o
relator, Weverton (PDT-MA), reforçou que Dino teve uma carreira jurídica
de 12 anos, portanto, não será um magistrado político no Supremo.
Antes de assumir ao mandato no STF, Flávio Dino terá que renunciar ao
mandato de senador do qual está licenciado desde o início do ano quando
aceitou o convite do presidente Lula para ser ministro da Justiça.
Flávio Dino ocupará a cadeira de Rosa Weber até
2043 e herdará cerca de 344 processos.