GUARUJÁ    |     NACIONAL    |     INTERNACIONAL     |     REGIONAL     |     TELEJORNAL     |     POLÍTICA                                                                                                                                                                 
 

 

 

 

Jornal Rede Metrópole Litoral: 18/12/2023

SOLENIDADE NO FORTE DOS ANDRADAS:



 
 

    

 

 

     É oportuno enfatizar que as origens e a história do Forte dos Andradas se perdem nas brumas do passado. Em tempos idos, havia três glebas na Ilha de Santo Amaro, denominadas sítio Canto do Guaibê e sítio Porto do Guaibê, sendo que, ao lado desse último havia um terceiro com a denominação de Sítio do Monduba, que significa: estrondo - devido o som das ondas batendo contra as rochas.

     Segundo o Aviso Régio de 1817, o sítio Monduba media "mil braças de testada e quinhentos de fundo na costa do mar bravo" e, de acordo com o historiador Costa e Silva Sobrinho, "parte com as terras do Canto do Guaibê, por um lado, e de outro com terras pertencentes ao Tenente Benedito Bueno;...".

     Com o correr dos anos, o sítio Monduba foi passado a sucessivos proprietários, chegando, por fim, às mãos do cidadão Gabriel Dias de Moura. Com o falecimento deste, transferiu-se a posse do referido imóvel para seus herdeiros legais, até que foi declarado de utilidade pública, em 23 de junho de 1934, e disponível para a construção do Forte do Monduba, de acordo com o decreto de desapropriação, e  a partir da metade da década 30 do século passado, foi erguida uma fortificação subterrânea, que passou a ser chamada de Forte do Monduba.

     É válido ressaltar que Monduba é a ponta oriental na entrada da baía de Santos, fronteira à de Itaipu. Além disso, o município de Guarujá forma com a região continental de Praia Grande a entrada da baía de Santos, sendo, portanto, a Ponta do Monduba um acidente geográfico estratégico, sob o ponto de vista militar. Posto isto, o Forte do Monduba foi projetado pelo Tenente-Coronel de Engenharia João Luiz Monteiro de Barros, em 1934, época em que a cidade de Guarujá conquistava sua emancipação político-administrativa. Era ministro da guerra o General Pedro Aurélio de Góes Monteiro.

     Tão logo as terras dos antigos sítios foram desapropriadas pelo Estado e doadas ao Ministério da Guerra, as obras da fortificação foram iniciadas. Isso ocorreu em 1938, a cargo do idealizador do projeto, Tenente-Coronel Monteiro de Barros, com explosão por dinamite de trechos do morro do Monduba, bem como pela preparação do terreno, bases e alicerces.

     Assim é que o Forte passou a ser construído no morro do Monduba, onde, além do túnel, foi feito o embasamento para os canhões, à entrada da baía de Santos, na Ilha de Santo Amaro, entre as praias de Guaibê e do Tombo, constituindo um sistema de segurança que se debruçava sobre o mar e as terras dos antigos sítios da Prainha e Monduba foram desapropriadas e doadas ao Exército. Foi entre as rochas escavadas no alto do morro do Monduba que a fortificação foi edificada.

     No período inicial, quando se tratou dos trabalhos de organização, o Comando da Unidade recém-criada ficou instalado numa sala da DAC - Diretoria de Artilharia de Costa - no Palácio do antigo Ministério da Guerra, no Rio de Janeiro. Lá havia reuniões diárias para o expediente regulamentar, com os primeiros oficiais, subtenentes e sargentos classificados na 5ª BIAC.

     O embarque dos oficiais e praças pioneiros da nova organização militar veio a ocorrer a partir de 20 de julho de 1942, quando o Capitão Assumpção, o 1° Tenente de Intendência Oswaldo de Frias Villas (Tesoureiro, Almoxarife e Aprovisionador) e vários sargentos, embarcaram com destino a São Paulo. Também embarcou com destino a Santos, no dia 26 de julho, uma escolta comandada pelo 3° Sargento Dirceu Arruda da Conceição, conduzindo munição para a nova Praça de Guerra.

     Convém lembrar que nos primeiros dias de instalação da Bateria, o aquartelamento da praia contava apenas com o Pavilhão de Administração, que já havia sido concluído. As dependências e instalações do rancho encontravam-se em fase de acabamento, enquanto que as demais repartições estavam ainda nos alicerces.

      O conflito mundial que se desencadeava na Europa repercutiu no Brasil, uma vez que havia uma ofensiva de submarinos alemães nas costas brasileiras. Em agosto de 1942, houve a declaração de guerra do governo brasileiro à Alemanha e à Itália. Dessa forma, no dia 31 do mês citado, foi estabelecido o Estado de Guerra em todo o território nacional, motivo pelo qual passou a ser organizada, de imediato, a defesa das costas e das ilhas não costeiras. Naquela época, já estavam se apresentando os convocados, pois no mês de outubro houve mobilização geral para a guerra. O Brasil entrava assim no conflito mundial ao lado das forças aliadas. Foi nesse clima de beligerância que o Forte do Monduba foi ativado, iniciando realmente suas atividades numa época de racionamento, envolvendo combustíveis e gêneros alimentícios. Vale lembrar que, nesse período, o povo passou a ter dificuldades para a obtenção de produtos básicos como açúcar, carne e pão, sendo este último chamado de pão de guerra, devido à mistura de ingredientes para sua confecção. Também passou a vigorar o blecaute nas cidades costeiras, seguindo determinação da Diretoria Nacional do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea.

     Foi no dia 10 de novembro de 1942, que se realizou a solenidade inaugural do Forte, desenvolvida com grande brilhantismo. Além do Forte, numa altitude de aproximadamente 200 metros, que está aberto à visitação pública, sobressai-se o aquartelamento da Praia do Monduba, onde se destaca o prédio do Quartel-General da 1ª Bda AAAe. Ainda que desativado, o Forte encravado no Morro do Monduba, escondido pela vegetação, continua sendo alvo da curiosidade de turistas e visitantes, onde, além do paisagismo e recursos naturais, mantém uma galeria de exposições, com equipamentos, documentos, fotos e objetos da época da guerra.

 

GEN. BDA. SAMUEL TEIXEIRA PRIMO








 

LEIA TAMBÉM


 

   
   

Achado arqueológico:

Tesouro com mais de cem mil moedas de séculos atrás é achado no Japão. As moedas estavam divididas em cerca de 1060 pacotes.

 

 
   
   

Cessar-fogo entre Israel e Hamas:

Qatar acaba de anunciar que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas será prorrogado por mais 2 dias, e que uma nova suposta lista de reféns que serão libertados está sendo preparada pelo Hamas.

 

    

 

 
   

 

 

 

 


 

 
 

  MAPA

 
     
   

Guarujá

Nacional

Regional

Internacional

Política

Turismo Guarujá

Turismo Região

 

 

 

 
 
 

  INSTITUCIONAIS

 
     
   

Parceiros

Quem Somos

Telejornal

Produtos

Trajetória

 

 

 

 

 

 
 
 

  ATENDIMENTO

 
     
   

Fale Conosco

Divisões

Privacidade

Editorial

 

 

 

 

 

 

 
 
       
       
       
       
       
       
 

R. Nunes - Serviços em Tecnologia & Jornal Rede Metrópole Litoral

CNPJ: 12.923.273/0001-97