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        Nesta semana, os Estados Unidos deslocaram navios de guerra, aviões, um 
        submarino e cerca de 4.000 militares para o mar do Sul do Caribe, perto 
        da costa da Venezuela. O objetivo seria o combate aos cartéis de drogas 
        que operam na região levando drogas da América do Sul aos EUA.       A 
        porta-voz do governo, Karoline Leavitt, disse na terça (19) que Maduro
        "não é um presidente legítimo", além de ser
        "fugitivo" e "chefe de cartel narcoterrorista" 
        — e que, por isso, os EUA usariam "toda a força" 
        contra o regime venezuelano. A referência a 
        "fugitivo" se explica pelo fato de os EUA terem colocado, no 
        início de agosto, uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) por 
        informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.      Segundo 
        o Departamento de Justiça dos EUA, o presidente venezuelano é acusado de 
        envolvimento em conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, 
        importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao 
        tráfico. O governo americano também diz que Maduro lidera o
        Cartel de los Soles, grupo classificado 
        recentemente pelos EUA como organização terrorista internacional.     
        Além dos três destróieres da Marinha dos EUA, 
        equipados com o poderoso sistema de combate Aegis, e três navios de 
        desembarque anfíbio, feitos para transportar e desembarcar divisões 
        terrestres, o governo Trump deslocou aviões espiões P-8 Poseidon e pelo 
        menos um submarino, além de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais para a 
        região.      
        Segundo a imprensa latino-americana, o Cartel de 
        Los Soles atua como facilitador de rotas de drogas para outros grupos 
        que vendem os produtos no mercado americano, como o mexicano Cartel de 
        Sinaloa e o também venezuelano Tren de Aragua. Desde a semana 
        passada, alguns países sul-americanos têm aderido à decisão de Trump de 
        designar o Cartel de los Soles como organização terrorista, começando 
        pelo Equador, governado por Daniel Noboa, de direita. Em seguida, foi a 
        vez do presidente Santiago Peña, do Paraguai. Nesta sexta-feira (22), a 
        Guiana também publicou uma medida semelhante.      
        Enquanto Equador e Paraguai são governados por opositores do chavismo, a 
        Guiana se encontra em uma disputa terrirorial com Caracas pela região de 
        Essequibo, que ela controla.      Em 
        contraposição aos EUA, a Venezuela tem problemas em seu arsenal militar. 
        Segundo o IISS (Instituto Internacional para Estudos Estratégicos), as 
        Forças Armadas venezuelanas operam com 
        "capacidades restritas" e "problemas de prontidão" por conta de 
        "sanções internacionais, isolamento regional e uma crise econômica de 
        longa data", que nas últimas décadas limitaram a capacidade de comprar 
        armamentos e tecnologia militar.      
        "Sanções internacionais e a crise econômica limitaram significativamente 
        a capacidade do país de obter novas tecnologias militares. (...) Devido 
        à capacidade limitada de aquisição, grande esforço é direcionado a 
        reparos e modernizações de sistemas já existentes, e a Força Aérea e a 
        Marinha enfrentam problemas de prontidão", afirmou o IISS no relatório.      Por 
        conta dessas restrições, muita incerteza paira sobre as capacidades 
        militares reais da Venezuela, mesmo com o país tendo alguns equipamentos 
        considerados relativamente modernos. Em comparação ao orçamento militar 
        Norte-Americano, a Venezuela está em larga desvantagem, considerando que 
        o orçamento militar total dos EUA superam os U$ 920 bi e o da Venezuela, 
        não passa de U$ 640 milhões.
 
 
 Fonte: G1
     
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