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Jornal Rede Metrópole Litoral: 17/09/2025

Vídeos: Reprodução Internet

 

GUARUJÁ ESTÁ REPLETO DE SAMBAQUIS:



 
   

 

 

 
 

    

    
O QUE SÃO SAMBAQUIS?


     Os sambaquis são sítios arqueológicos. Alguns têm formato de montanha. A base deles é calcário e matéria orgânica, como conchas, ossos humanos, fragmentos de peixes e mamíferos. Esses santuários arqueológicos são verdadeiros cemitérios pré-históricos. Eles se elevam na paisagem como simples colinas à beira-mar, mas ainda guardam segredos que desafiam os estudiosos. Não são acidentes da natureza. São construções; frutos de um trabalho executado durante anos, que podia passar de geração em geração.

     Esses montes, que parecem dunas cobertas de grama, foram feitos com pequenos fragmentos, principalmente conchas, em pedacinhos, em lascas, inteiras, depositadas umas sobre as outras num esforço obstinado e caprichoso. São os sambaquis, nome formado por Tamba, que em tupi significa concha, e Ki, amontoado. A maioria mede até 6 metros, mas, em Santa Catarina, já foram encontrados alguns com 30 e até 70 metros.

     Às conchas, somavam-se areia, ossos de peixes, restos de fogueira e ferramentas, e também os corpos dos mortos da comunidade. Esses materiais iam formando camadas e constituindo plataformas elevadas que, hoje, são um extraordinário registro dos grupos pré-históricos que viveram há cerca de 8 mil anos no Brasil.

     Exímios conhecedores do mar, eles ocuparam uma grande parte do litoral e foram senhores desse espaço até a chegada dos Tupis à região, por volta de 2 mil anos atrás. O que permite que arqueólogos no século 21 se debrucem (na verdade, escalem) sobre os costumes desses povos é, exatamente, a forma enigmática como eles construíam esses morros.

     A quantidade de conchas nesses sítios é tamanha que, até meados da década de 80, pensava-se que vinha delas o alimento principal de seus habitantes. Hoje, sabe-se que os sambaquieiros podiam até aproveitar como tira-gosto os berbigões, ostras e mexilhões encontrados na praia, mas seu prato principal era mesmo o peixe.

     O surgimento das colinas artificiais não foi casual e nem efeito do mero descarte de resíduos alimentares, como se acreditou durante muito tempo. Atualmente, os estudiosos concordam que sua construção tinha um propósito. As pesquisas ainda não chegaram a uma conclusão, mas levantam várias hipóteses. Os sambaquis podem ter sido um tipo de cemitério, ou um ambiente misto loteado em áreas destinadas a diferentes funções, ou, ainda, podem ter servido a rituais e como altivo símbolo de status. Ao subir em um sambaqui, é possível ter uma visão muito ampla do ambiente, o que também pode ter servido como auxílio às populações sambaquieiras.

     A partir do sul do país, os sambaquis estão presentes numa faixa contínua, desde o balneário de Torres (RS) até Cabo Frio (RJ). Desse ponto em diante, os registros passam a ser pontuais, no litoral baiano, Piauí, Maranhão e Pará. Mas outros podem existir. “É muito provável que existam sambaquis no Espírito Santo e no restante do Nordeste, mas há pouquíssima pesquisa nessas regiões”, afirma Maria Dulce Gaspar, professora do departamento de Antropologia do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das principais especialistas no assunto no Brasil.

     Segundo ela, há dez anos existiam cerca de mil sítios cadastrados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Mas, para obter o número real, podemos multiplicar esse número por cinco, seis ou sete. Eu não me surpreenderia se fosse multiplicado por dez”, diz.

 

O MAIOR SAMBAQUI DO MUNDO ENCONTRA-SE NO GUARUJÁ.


     Guarujá, começa a despontar no cenário internacional como um santuário histórico. E não é para menos. Afinal, a Cidade abriga o maior sambaqui do mundo. É o que garantem pesquisas do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas (Cerpa) do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.

     No Município, até o momento foram identificados 15, sendo que 12 já estão registrados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Dentre eles, o Crumaú, o mais alto do planeta, que tem 31 metros de altura e cerca de 100 metros de largura. Esse sítio arqueológico está localizado no Rio Crumaú, região de mangue entre a Serra do Guararu e o Canal de Bertioga.
 

 
     Durante um ano e dois meses, os pesquisadores da USP coletaram mais de duas mil peças, entre conchas, pedras, ossos, dentes trabalhados e restos animais e humanos. As relíquias estavam sobre o esqueleto de uma baleia encalhada que se conservou praticamente inteiro. Hoje, uma parte das peças faz parte do acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (antigo Museu de Pré-História) e o restante, a maior parte, foi incorporado ao acervo do Museu de História Natural de Paris, na França. Na foto: Joseph Emperaire, Paulo Duarte e Paul Rivet no Sambaqui da Maratuá, Mar Casado, em Guarujá, em 1954.

Foto: Acervo USP

 

     Pelas dimensões do sambaqui Crumaú, acredita-se que sob ele estejam enterrados centenas de esqueletos humanos, provavelmente de antepassados dos índios tupiniquins e tupinambás, que habitavam o litoral paulista por volta de 5 mil anos A.C., entre o período pré-cerâmico e pós-cerâmico. Segundo arqueólogos da USP, os sambaquis eram feitos pelos povos primitivos, inicialmente, para enterrar os mortos. No ritual do sepultamento eram utilizadas conchas, que também serviam para os primatas como ferramentas. Por esse motivo, há grande quantidade desse material orgânico nesses sítios arqueológicos.
 

     Há anos o Município desenvolve um trabalho para mapear os sítios arqueológicos e históricos. O processo, que envolve identificação, catalogação e registro das descobertas, é realizado pela Prefeitura, por meio das Secretarias de Cultura e Meio Ambiente, e o Cerpa. O Município está faz levantamentos dos sambaquis para montar Planos de Gestão. Esses registros dão subsídios para a realização de uma pesquisa científica, que inclui datação, ou seja, a identificação do período dos vestígios encontrados, e escavação pontual para encontrar novas informações.



Fonte: Estância de Guarujá/ Aventuras na História/ Boqnews/ Marcozero.blog.br

    

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