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No aniversário de 2 anos da guerra na Ucrânia,
líderes ocidentais reforçaram o apoio ao país contra a invasão russa.
No sábado (24), desembarcaram em Kiev os
premiês de Itália, Canadá e Bélgica, além da presidente da Comissão
Europeia, Ursula von der Leyen. O primeiro-ministro canadense, Justin
Trudeau, e a italiana Giorgia Meloni assinaram acordos de segurança com
o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Trudeau se comprometeu a dar
3 bilhões de dólares canadenses em apoio militar para a Ucrânia ao longo
de 2024.
“Hoje, lado a lado com os nossos aliados e
parceiros, o Canadá se comprometeu a continuar a prestar assistência,
incluindo apoio militar e humanitário, à Ucrânia. Estaremos ao lado da
Ucrânia, custe o que custar, pelo tempo que for necessário”,
declarou o premiê canadense, Justin Trudeau. Já o acordo com a Itália
estabelece um pacto de defesa de 10 anos com o país. Ambos os acordos
fazem parte da Declaração Conjunta de Apoio à Ucrânia, do G7.
“A Europa, o Ocidente, estão aqui para celebrar um
ato de amor porque aqui os ucranianos defenderam o que amavam e, ao
fazê-lo, também nos defenderam. Eles lutaram para nos dar a chance de
estar aqui hoje, para dizer que esta terra é um pedaço da nossa casa e
que faremos a nossa parte para defendê-la”, disse a
primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. “O
futuro da Ucrânia reside na União Europeia. A União Europeia continuará
a fornecer à Ucrânia apoio financeiro regular e previsível”,
declarou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Em seus
perfis nas redes sociais, outros líderes globais também reforçaram o
apoio ao país europeu no aniversário da guerra com a Rússia, como
Emmanuel Macron (presidente da França), Joe Biden (presidente dos EUA) e
Olaf Scholz (chanceler da Alemanha).
Muitos são os dados apurados sobre o conflito. O
conflito mudou o mapa da Ucrânia: mais de 6 milhões de refugiados
emigraram para nações vizinhas e outras 5,1 milhões de pessoas se
deslocaram dentro do país, fugindo das regiões em disputa. Uma
contraofensiva ucraniana de 2023 recuperou 54% do território ocupado
desde 2022, mas ainda estima-se que a Rússia controle 18% do país,
especialmente nas faixas sul e leste do território.
Segundo dados do FMI, o PIB da Ucrânia, que
crescia 3% em média antes do conflito, caiu perto de 30% no primeiro ano
da guerra, com grande perda do estoque de capital e aumento da pobreza.
Em 2023, com apoio externo, a projeção é que o país tenha
recuperado uma fração disso, crescendo 4,5%. Neste ano, deve avançar
entre 3% e 4%.
Um estudo da ONU estimou em US$
486 bilhões é o custo de reconstrução e recuperação na Ucrânia na
próxima década. Acredita-se, por exemplo, que 10% do parque habitacional
do país – cerca de dois milhões de casas – foi danificado ou destruído.
Pelo menos 2.000 quilômetros de rodovias e estradas vão precisar de
reconstrução ou reparações, entre outras infraestruturas críticas
atingidas. Numa outra dimensão da tragédia, calcula-se que um total de
4.779 bens culturais na Ucrânia foram danificados, incluindo edifícios
de valor histórico, obras de arte, oficinas para a indústria criativa e
instalações turísticas.
Ainda que não existam estatísticas precisas,
estima-se que a Rússia perdeu de 200 mil a 300 mil combatentes, entre
mortos, feridos e desaparecidos. As perdas militares ucranianas rondam
os 130 mil, incluindo 15 mil desaparecidos durante os combates.
Mas a dimensão humanitária da guerra também salta aos olhos, com as
mortes e desaparecimento de civis por ataques e bombardeios aéreos
passando de 20 mil até o final do ano passado, metade deles, por
enquanto, dados como desaparecidos.
Fonte: Poder360, Infomoney
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