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Jornal Rede Metrópole Litoral: 25/02/2024

2 ANOS DA GUERRA NA UCRÂNIA:



 
   

 
 

    

     No aniversário de 2 anos da guerra na Ucrânia, líderes ocidentais reforçaram o apoio ao país contra a invasão russa. No sábado (24), desembarcaram em Kiev os premiês de Itália, Canadá e Bélgica, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e a italiana Giorgia Meloni assinaram acordos de segurança com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Trudeau se comprometeu a dar 3 bilhões de dólares canadenses em apoio militar para a Ucrânia ao longo de 2024.

     “Hoje, lado a lado com os nossos aliados e parceiros, o Canadá se comprometeu a continuar a prestar assistência, incluindo apoio militar e humanitário, à Ucrânia. Estaremos ao lado da Ucrânia, custe o que custar, pelo tempo que for necessário”, declarou o premiê canadense, Justin Trudeau. Já o acordo com a Itália estabelece um pacto de defesa de 10 anos com o país. Ambos os acordos fazem parte da Declaração Conjunta de Apoio à Ucrânia, do G7. “A Europa, o Ocidente, estão aqui para celebrar um ato de amor porque aqui os ucranianos defenderam o que amavam e, ao fazê-lo, também nos defenderam. Eles lutaram para nos dar a chance de estar aqui hoje, para dizer que esta terra é um pedaço da nossa casa e que faremos a nossa parte para defendê-la”, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. “O futuro da Ucrânia reside na União Europeia. A União Europeia continuará a fornecer à Ucrânia apoio financeiro regular e previsível”, declarou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Em seus perfis nas redes sociais, outros líderes globais também reforçaram o apoio ao país europeu no aniversário da guerra com a Rússia, como Emmanuel Macron (presidente da França), Joe Biden (presidente dos EUA) e Olaf Scholz (chanceler da Alemanha).

     Muitos são os dados apurados sobre o conflito. O conflito mudou o mapa da Ucrânia: mais de 6 milhões de refugiados emigraram para nações vizinhas e outras 5,1 milhões de pessoas se deslocaram dentro do país, fugindo das regiões em disputa. Uma contraofensiva ucraniana de 2023 recuperou 54% do território ocupado desde 2022, mas ainda estima-se que a Rússia controle 18% do país, especialmente nas faixas sul e leste do território.    

     Segundo dados do FMI, o PIB da Ucrânia, que crescia 3% em média antes do conflito, caiu perto de 30% no primeiro ano da guerra, com grande perda do estoque de capital e aumento da pobreza. Em 2023, com apoio externo, a projeção é que o país tenha recuperado uma fração disso, crescendo 4,5%. Neste ano, deve avançar entre 3% e 4%.

     Um estudo da ONU estimou em US$ 486 bilhões é o custo de reconstrução e recuperação na Ucrânia na próxima década. Acredita-se, por exemplo, que 10% do parque habitacional do país – cerca de dois milhões de casas – foi danificado ou destruído. Pelo menos 2.000 quilômetros de rodovias e estradas vão precisar de reconstrução ou reparações, entre outras infraestruturas críticas atingidas. Numa outra dimensão da tragédia, calcula-se que um total de 4.779 bens culturais na Ucrânia foram danificados, incluindo edifícios de valor histórico, obras de arte, oficinas para a indústria criativa e instalações turísticas.

     Ainda que não existam estatísticas precisas, estima-se que a Rússia perdeu de 200 mil a 300 mil combatentes, entre mortos, feridos e desaparecidos. As perdas militares ucranianas rondam os 130 mil, incluindo 15 mil desaparecidos durante os combates. Mas a dimensão humanitária da guerra também salta aos olhos, com as mortes e desaparecimento de civis por ataques e bombardeios aéreos passando de 20 mil até o final do ano passado, metade deles, por enquanto, dados como desaparecidos.

 

 

Fonte: Poder360, Infomoney

 

 

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