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Jornal Rede Metrópole Litoral: 24/03/2023          

 

PLANO DE SEQUESTRO CONTRA SÉRGIO MORO:



 

 
 

 

Nesta quinta (23), o presidente Lula ironizou o plano do PCC de matar Sérgio Moro e sua família, que foi interceptado pela PF. Em uma declaração, Lula afirmou que o plano se trata de "mais uma armação de Moro". O deputado federal Deltan Dallagnol afirmou que o petista cometeu crime de responsabilidade e quebra de decoro com suas palavras e o líder da oposição no senado, Rogério Marinho afirmou que vai à Procuradoria Geral da República pedir que Lula seja investigado pela divulgação de notícias falsas.

 

 

 
 

O PLANO:


     O plano de sequestro e homicídio contra autoridades, incluindo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e um promotor de Justiça, por parte do PCC vinha sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo desde o fim de janeiro deste ano. O objetivo dos criminosos era matar Moro, a mulher dele, Rosangela, e os filhos do casal.

 

 

     De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam, inclusive, homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação. Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.

     Depois de descobrir o plano, o MP de São Paulo compartilhou as informações com a Polícia Federal. De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam feitos para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC. Outro alvo dos criminosos era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que desde o começo dos anos 2000 investiga a facção que age inclusive dentro dos  presídios e fora do país. Gakiya vive há mais de dez anos sob escolta policial, 24 horas por dia, por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe.

     A retaliação a Moro era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios. Criminosos também trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola. Ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes. Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. A família de Moro também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

 

BRAÇOS EM GUARUJÁ


 

     Com a operação deflagrada pela Polícia Federal, na quarta-feira (22), que investiga os planos dos atos criminosos contra as autoridades, descobriram informações sobre a rotina de Sérgio Moro. Tais anotações foram encontradas na casa de uma mulher, que fica em Guarujá, tornando-a um dos alvos da operação.

     Segundo a superintendência da PF, outras autoridades também estavam sendo monitoradas pela facção.

 

 

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