O envio de tropas da Coréia do Norte para a Rússia
com o objetivo de ajudar na guerra contra a Ucrânia tem o potencial de
prolongar o conflito que já dura dois anos e meio, e de atrair outros
envolvidos, afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, nesta
quarta-feira (30/10).
Cerca de 10 mil soldados norte-coreanos já foram
enviados para o leste da Rússia, usando uniformes e equipamentos russos,
disse Austin, acrescentando que essa mobilização cada vez mais se
assemelha a um apoio direto às operações de combate da Rússia na região
de Kursk, próxima à fronteira com a Ucrânia.
Os
chefes da Defesa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul pediram à Coreia
do Norte que retire suas tropas da Rússia, onde Washington afirma que os
soldados norte-coreanos foram destacados para uma possível atuação
contra as forças ucranianas. "Peço que retirem
suas tropas da Rússia", disse o secretário de Defesa americano,
Lloyd Austin, no Pentágono, onde estava acompanhado do colega
sul-coreano, Kim Yong-hyun, que solicitou a retirada imediata das forças
de Pyongyang.
Se
as tropas norte-coreanas “lutam ao lado dos
soldados russos nesse conflito e atacam soldados ucranianos, estes
últimos têm o direito de se defender", ressaltou Austin,
acrescentando que os soldados norte-coreanos estariam recebendo
“uniformes e equipamentos russos”.
A Coreia do Norte afirmou ter testado o míssil
nesta quinta-feira, aprimorando o que chamou de "a
arma estratégica mais poderosa do mundo", enquanto Seul advertiu
que Pyongyang poderia obter tecnologia de mísseis da Rússia ao ajudar na
guerra contra a Ucrânia.
Moscou não negou nem confirmou diretamente a presença de tropas
norte-coreanas em seu território, com o presidente da Rússia, Vladimir
Putin, dizendo que é assunto da Rússia decidir ou não usar tropas
norte-coreanas. O Kremlin se recusou a comentar nesta quinta-feira
quando perguntado se a Rússia está ajudando a Coréia do Norte a
desenvolver seus mísseis e outras tecnologias militares após o teste de
lançamento de um míssil balístico intercontinental por Pyongyang.
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