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Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro aos 27 de março de
1960 e foi um dos maiores cantores e compositores que o Brasi já teve.
Renato Manfredini Júnior era filho do economista Renato Manfredini (de
quem herdou o nome) e de Maria do Carmo de Oliveira (professora de
inglês), ambos paranaenses. Seus pais eram primos, pois seu avô paterno,
Alberto Manfredini, era irmão mais novo de seu bisavô Alessandro
Manfredini, avô materno de sua mãe. Os Manfredini eram imigrantes
italianos originários da comuna de Sesto ed Uniti, na província de
Cremona que se instalaram no estado do Paraná.
Até
os seis anos de idade, Renato viveu no Rio de Janeiro junto com sua
família. Começou a estudar cedo no Colégio Olavo Bilac, na Ilha do
Governador, zona norte da cidade. Nessa época teria escrito uma bela
redação chamada "Casa velha, em ruínas…", que inclusive está disponível
na íntegra. Em 1967, mudou-se com sua família para Nova Iorque, pois seu
pai, funcionário do Banco do Brasil, fora transferido para agência do
banco em Nova Iorque, mais especificamente para Forest Hills, no
distrito do Queens. Foi quando Renato foi introduzido à língua e a
cultura norte-americana. Em 1969, a família volta para o Brasil, indo
Renato morar na casa de seu tio, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Em
1973, a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, passando a morar
na Asa Sul. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma
das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado
como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado,
os médicos submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos
de platina na bacia. Renato sofreu duramente a enfermidade, tendo que
ficar seis meses na cama, quase sem movimentos, e permanecendo ao todo
cerca de um ano e meio em recuperação. Durante o período de tratamento,
Renato teria se dedicado quase que integralmente a ouvir música,
iniciando sua extensa coleção de discos dos mais variados estilos.
Simultaneamente à cura da epifisiólise, passou no vestibular para
jornalismo no Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub).
Em 13 de março de 1978 Renato foi escolhido entre os
professores da Cultura Inglesa para saudar o príncipe Charles, quando
este participou da inauguração da nova sede da escola, ao visitar o
Brasil naquele ano. Renato tinha apenas dezessete anos, mas seu inglês
impecável lhe favoreceu no momento da escolha.
Entre os anos de 1978 e 1981, Renato Russo foi professor de língua e
literatura inglesa na Cultura Inglesa. Era um professor muito procurado
pelos pais de alunos, que pediam que seus filhos fossem matriculados
para as suas aulas, porém foi demitido após alguns atritos entre ele e a
direção, na mesma época trabalhou como repórter em um programa de rádio
que defendia os direitos dos consumidores, o Jornal da Feira, produzido
pelo Ministério da Agricultura. Renato ainda trabalhou na
apresentação de um programa de rádio sobre os Beatles, numa FM de
Brasília em 1983
Renato conheceu Fê Lemos numa festa em 1978 e tinham em comum gosto pelo
punk rock inglês e americano. Como eram raros punks em Brasília, ficaram
amigos e começaram uma banda, com André Pretorius, filho de um
embaixador da África do Sul, na guitarra, Renato Russo no baixo e Fê na
bateria, assim formou-se o Aborto Elétrico, porém, logo quando estavam
ganhando certa fama no circuito punk de Brasília, Fê e Renato brigaram,
e a banda se separou. Renato tocou um violão de doze cordas sozinho por
um tempo, mas depois formou uma banda com Marcelo Bonfá na bateria, que
mais tarde, com Dado Villa-Lobos e Renato Rocha, se tornaria a banda
Legião Urbana.
Daí
em diante todos conhecem o imenso sucesso da Legião Urbana e de Renato
Russo que fez diversos trabalhos e discos solo.
Renato Russo faleceu no dia 11 de outubro de 1996, às 01h15 da
madrugada, de doença pulmonar obstrutiva crônica, septicemia e infecção
urinária — consequências da AIDS (Renato era soropositivo desde 1989,
mas nunca assumiu publicamente a doença). O único filho que Renato
deixou, dizia ser fruto do relacionamento que o cantor teve com uma fã (Raphaela
Bueno), porém depois da morte do músico especulou-se que a criança teria
sido adotada por Renato e criado pela avó materna Maria do Carmo, mas
essa história nunca foi confirmada. Em 2004 houve um processo judicial
movido por sua mãe, mas a família de Renato conseguiu manter a guarda do
garoto até sua maioridade civil.
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