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Nas últimas horas, a capital venezuelana se tornou o epicentro de
intensos protestos que abalam o país sul-americano após o anúncio de
resultados eleitorais altamente contestados. Já
são mais de 11 mortes relacionadas aos protestos que tomaram as ruas da
Venezuela desde a noite do domingo (28). Os manifestantes
questionam a recondução do ditador Nicolás Maduro ao poder.
Cinco dessas mortes aconteceram na capital Caracas.
"Há onze pessoas mortas nestes protestos. Cinco
dessas pessoas assassinadas em Caracas. Preocupa-nos o uso de
armas de fogo nessas manifestações", declarou Alfredo Romero, diretor da
ONG Foro Penal Venezolano. O procurador-geral venezuelano, Tarek William
Saab, anunciou que, até o momento, 749 pessoas foram presas. Ainda
conforme Saab, parte dos presos serão indiciados por "terrorismo".
Na
segunda-feira, o candidato da oposição, Edmundo
González Urrutia, garantiu que dispõe de atas de votação que demonstram
o seu "triunfo categórico e matematicamente irreversível". A
líder da oposição María Corina Machado disse, que
o grupo tem 73,20% das atas e diz que elas agora são suficientes para
mostrar que González derrotou o atual presidente. "Com as atas que nos
faltam, mesmo que o CNE tenha dado 100% dos votos a Maduro, não chega ao
que já temos. A diferença foi tão grande, tão grande, avassaladora, em
todos os estados da Venezuela, em todos os estratos, em todos os
setores, ganhamos", disse Machado.
A oposição diz que as atas indicam que González Urrutia
teve 6,27 milhões de votos, contra 2,75 milhões do presidente Maduro.
Fonte: BBC.com/ Uol.com.br
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