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Jornal Rede Metrópole Litoral: 02/08/2024

800MIL BENEFÍCIOS NA MIRA DO GOVERNO:



 
   

 
 

    

     O ministro Carlos Lupi, da Previdência Social, afirmou na sexta-feira passada (5) que a pasta passará o pente-fino em 800 mil benefícios temporários, como o auxílio-doença, a partir do mês de agosto. “Não é bem revisão de benefícios: é uma checagem de possíveis irregularidades, porque só pode rever aquilo que você tem certeza. Então, a gente tem que primeiro checar, ver onde estão essas irregularidades, como foram cometidas”, disse Lupi a jornalistas, após cerimônia pelos 34 anos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em Brasília.

     O governo do presidente Lula tem feito uma revisão de gastos orçamentários, com o objetivo de encontrar possíveis irregularidades. Esse trabalho começou a ser feito bem antes de o mercado financeiro colocar pressão sobre o Executivo para a revisão desses gastos.

     Segundo o ministro, isso está sendo feito pelo INSS em parceria com o setor de perícia médica do Ministério da Previdência. O trabalho de checagem, iniciado em agosto, não tem prazo para terminar. Os dados serão avaliados e cruzados e as pessoas serão comunicadas, sem, necessariamente, convocação presencial.

     Além do auxílio-doença, também entrará na análise a aposentadoria por invalidez — que pode ser revertida em caso de recuperação do trabalhador. A lei determina que as revisões devem ser feitas a cada dois anos, mas de acordo com as autoridades, elas não eram feitas desde 2019, ou seja, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

     Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, após reunião com o presidente Lula, que foi determinada a preservação do arcabouço fiscal e corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais, como auxílio-doença, aposentadorias por invalidez e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), para valer em 2025. “Nós já identificamos, e o presidente autorizou levar à frente, R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025”, disse Haddad, enfatizando que os números não foram “tirados da cartola”, mas foram fruto de um trabalho de 90 dias do Ministério do Planejamento e Orçamento.

     Segundo o governo, pessoas com deficiência não serão convocadas para análise, porém contas de "pessoas fictícias", criadas pelo crime organizado para receber, por exemplo o BPC, é que estão na mira do pente fino.  

 

 

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