Conheça um pouco
deste tão importante ícone da cultura nacional. Ele ajudou a formar
muitas idéias e marcou toda uma geração.
Aos 26 de outubro de 1942,
nascia o cantor, compositor e multi-instrumentista Milton Nascimento.
Nascido no Rio de Janeiro, sua mãe era empregada doméstica que o criou
com dificuldades com a ajuda de sua mãe - avó de Milton - que também era
empregada doméstica. Sua mãe morreu antes dele completar dois anos de
idade, de tuberculose e Milton acabou ficando com sua avó.
Milton foi adotado então por Lília
Silva Campos, filha de um casal em que a avó de Milton trabalhava como
empregada doméstica. Logo o casal que adotou Milton, e não conseguia ter
filhos mesmo com tratamentos, mudou-se para Três Pontas em Minas Gerais
e lá acabou por adotar mais um menino e uma menina, anos antes de
conseguirem gerar seu único filho biológico.
Aos quatro anos ganhou uma
sanfona e com 13 anos teve seus primeiros envolvimentos com a música, no
Conjunto Continental de Duilio Tiso Cougo
- um grupo musical de Três Pontas.
Em 1968, Milton casou-se com
a estudante Luderca e foi viver em Copacabana. Seu matrimônio durou
apenas um mês e teve seu casamento anulado logo em seguida.
Sua primeira canção foi
"Barulho de Trem", grava da em 1962. Por volta de 1964, Milton cursando
economia nessa época, tocava nas noites para ajudar com as custas do
curso, quando compôs outras musicas, tais como: " Novena" e "Gira
Girou".
Ao retornar para Belo
Horizonte, residiu no Edifício Levy
onde conheceu os irmãos Borges - Marilton
Borges, Lô Borges e Mário Borges; nessa época surgiram novas
composições: "Cravo e Canela", "Trem Azul", "Estrelas" e outras mais.
Em 1975 foi convidado por
Wayne Shorter e gravaram o disco "Native
Dancer" juntos, que ajudou a projetar a carreira de Milton.
Muitas de suas canções
ficaram famosas a ponto de serem usadas como temas que marcaram épocas -
"Coração de Estudante" (Wagner Tiso), fio usada como o hino das
Diretas já em 1984; e a "Canção da
América" foi o tema de fundo do funeral de Ayrton Senna em 1994.
Em 1983, Milton integrou o
seleto grupo de músicos da MPB que fariam parte do espetáculo O
Grande Circo Místico - o espetáculo contava a história de
amor entre um aristocrata e uma acrobata, filha de uma família suíça
dona do Circo Knie.
Em 1985 participou do
Nordeste Já, versão brasileira do
Usa for Africa onde criou as músicas
"Chega de Mágoa" e "Seca d'água". Em 2010, Milton foi homenageado no
Festival Internacional de Corais (FIC de Belo
Horizonte) e teve uma participação especial no CD/DVD da
banda Roupa Nova que comemorava na época, 30 anos de carreira - Milton
foi padrinho da banda.
Em 2016 foi homenageado pela
escola de samba Tom Maior, sendo o tema do enredo da escola:
Travessias de Milton Nascimento.
Entre outras homenagens e
trabalhos estão uma participação especial no álbum
Pietà, de Maria Rita - filha de Elis Regina - que
alavancou a carreira de Maria Rita, e em seguida, no lançamento do seu
disco de estréia, Maria Rita colocou duas músicas de Milton: "A Festa" e
"Encontros e Despedidas".
Milton nascimento possui
inúmeros trabalhos, mais de 40 álbuns gravados e é respeitado por suas
músicas e sua importância na cultura musical do Brasil. Em 2021 ele
anunciou que se aposentaria dos palcos em 2022, assim que terminasse sua
última turnê.
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