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A disputa presidencial na Argentina terá segundo
turno, entre o ministro da Economia, Sérgio Massa, e o deputado
ultraliberal Javier Milei, mostram dados da apuração da eleição,
realizada no domingo (22). O segundo turno na Argentina está marcado
para 19 de novembro, e a posse do novo presidente
será realizada em 10 de dezembro.
No
domingo, mais de 35 milhões de argentinos estavam
aptos a votar, mas só 74% deles compareceram, um recorde negativo
em 40 anos de democracia Argentina.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atuou
para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da
América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina.
A informação foi revelada pela colunista do Estadão Vera Rosa.
O país vizinho precisava desse empréstimo-ponte
para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse liberar um
desembolso de US$ 7,5 bilhões. A rigor, a Argentina não poderia ter
acesso aos recursos do FMI, porque já havia esgotado o limite de
crédito.
Lula, então, agiu para que os países-membros do
CAF aprovassem a transferência de US$ 1 bilhão diretamente para o FMI,
em nome da Argentina. O Palácio do Planalto entrou em contato com
a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no
CAF. A ação ocorreu às vésperas da visita do ministro da Economia
argentino, Sergio Massa, ao País. Sergio Massa foi apoiado pelo
presidente Alberto Fernández para a sua sucessão, ele esteve no
Ministério da Fazenda e no Planalto em 28 de agosto.
O empréstimo-ponte do CAF não é ilegal e passou
pelo crivo de 21 países-membros do banco. Somente o Peru votou contra.
Após a confirmação, o FMI autorizou novo acordo e liberou os US$
7,5 bilhões para a Argentina. Depois da publicação da informação pelo
Estadão, o presidenciável argentino Javier Milei
disse que Lula atuou contra a sua candidatura e chamou o petista de
"comunista furioso".
Uma equipe de 20 publicitários brasileiros,
enviada por Lula, trabalha na campanha do candidato argentino Sergio
Massa. O grupo é ligado a Sidônio Palmeira,
ex-marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O
marqueteiro é o responsável pelo slogan do governo petista:
“União e Reconstrução”.
Segundo fontes ligadas à campanha na Argentina, a
estratégia de Sergio Massa para o segundo turno é apostar em polêmicas
envolvendo o candidato direitista, Javier Milei.
Fonte: exame, uol, cnn
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