A visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil, na segunda-feira (29), piorou o clima no
Congresso Nacional em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Lula
recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro, no Palácio do Planalto, e causou desconforto no PT e em parte dos aliados. O encontro marcou a retomada da relação
diplomática entre o Brasil e Venezuela. Além de divergências dentro
da sigla, o encontro gerou grande repercussão nas redes sociais. Durante
a visita, Lula reconheceu a dívida da Venezuela
com o governo brasileiro, que atingiu US$ 1,2
bilhão, segundo o Ministério do
Desenvolvimento.
Com
a recepção pomposa e a relativização das agressões que Maduro pratica na
Venezuela, Lula fez "vistas grossas", dizendo que os fatos
que ocorrem na Venezuela são narrativas.
Maduro está em Brasília para a cúpula de líderes da América do Sul que
aconteceu terça (30) e sua vinda provocou críticas dos senadores da
oposição.
Os
presidentes do Chile e Uruguai também reagiram às declarações de Lula
durante seu encontro com Maduro. Muitos parlamentares e famosos também
reagiram declarando repúdio à visita do ditador ao Brasil. Os senadores
Eduardo Girão (Novo-CE) e
Jorge Seif (PL-SC) apresentaram em
Plenário na mesma segunda (29), voto de repúdio ao presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, em razão da visita do presidente
da Venezuela ao Brasil e de sua recepção no país com honras de chefe de
Estado.
O Apresentador Luciano Huck se
manifestou em suas redes sociais. Ele, outros artistas e pessoas
influentes declararam indignação com a atitude do presidente Lula em
receber o ditador.
Segundo reportagem no Jornal El País da Espanha,
os EUA acusam Maduro de narcotráfico e oferecem cerca de U$ 15 milhões
por informações que o levem à prisão. Segundo o
Jornal Gazeta do Povo,
relatórios revelam que em suas brutais formas de tortura, somam-se
estupros, espancamentos e choques.
A
visita de Maduro ao Brasil piora clima no Congresso, em meio às derrotas
que o Governo tem amargado após as pastas do Meio Ambiente e dos Povos
Indígenas terem sido esvaziadas pelo Congresso.
Esta
é a primeira visita de Maduro ao Brasil desde julho de 2015,
quando participou de uma cúpula do Mercosul em Brasília, durante o
governo de Dilma Rousseff (PT). Nos
últimos anos, quase 60 países
condenaram o governo de Maduro e reconheceram Juan Guaidó, líder da
Assembleia Geral, como presidente interino autodeclarado da Venezuela. O
Brasil, sob o governo Bolsonaro, também estava nessa lista.
Fonte: El País, Gazeta do Povo, O Tempo,
Senadonotícias