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Celebrações do
Dia da Independência, na quarta, aconteceram em meio ao aumento de
tensões com os palestinos, com bombardeios e ataques terroristas, e os
protestos de israelenses contra a reforma do Judiciário. Manifestantes
israelenses protestaram contra governo nacionalista-religioso, em Tel
Aviv, Israel.
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Israel acaba de comemorar seu 75º aniversário nesta
semana em um clima turbulento e incerto, ofuscado por uma batalha sobre
o judiciário que abriu algumas das divisões sociais mais profundas desde
a fundação do país em 1948.
O Dia da Memória nesta terça-feira, em homenagem aos
militares mortos do país, e o Dia da Independência, no dia seguinte,
tradicionalmente servem como marcadores de unidade em uma nação que
lutou repetidas guerras desde a sua criação.
Centenas de milhares de israelenses têm ido às ruas
semanalmente desde o início do ano para protestar contra os planos do
governo nacionalista-religioso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu
de impor restrições ao judiciário, visto por eles como uma ameaça
existencial à democracia.
O governo e seus apoiadores dizem que as mudanças são
necessárias para controlar os juízes ativistas que se intrometem
agressivamente na esfera do Parlamento e do Executivo, mas concordaram
no mês passado em interromper os planos para permitir mais consultas.
Mas os protestos continuaram e, para muitos israelenses, o impasse abriu
questões profundas sobre seu país que vão além da composição da Suprema
Corte e do poder do Executivo de anular suas decisões.
Os cidadãos árabes de Israel, que representam um quinto
da população, ficaram de fora do debate, o qual muitos palestinos dizem
ignorar suas preocupações e a ocupação de décadas de áreas que eles
querem como o centro de um futuro Estado.
De
acordo com uma pesquisa do Channel 12 News na semana passada, cerca de
51% dos israelenses estão pessimistas sobre o futuro do país, que
cresceu de um território pobre e amplamente agrícola para uma potência
de alta tecnologia.
Além
dos problemas internos, Israel enfrenta uma escalada de violência na
questão Palestina. O ano passado foi o mais mortífero para os palestinos
na Cisjordânia ocupada e para os israelenses em quase duas décadas, e
este ano está a caminho de piorar.
As tensões aumentaram durante o mês sagrado muçulmano
do Ramadã, que coincidiu este ano com o feriado da Páscoa judaica,
depois que a polícia israelense invadiu duas vezes a mesquita de al-Aqsa
em Jerusalém, cujo complexo também é conhecido como Monte do Templo – um
dos mais reverenciados lugares no Islã e no Judaísmo. A polícia
israelense prendeu centenas de pessoas acusadas de se barricar dentro da
mesquita e atirar fogos de artifício e pedras, levando a amplas
condenações do mundo árabe e muçulmano.
Desde então, Israel foi alvo de bombardeios vindos do Líbano e da Síria,
além de ser alvo de ataques terroristas em diversas áreas, e a tendência
é que a situação venha a piorar.
Fonte: CNN Brasil
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