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Jornal Rede Metrópole Litoral: 28/04/2023          

 

CLIMA QUENTE ENTRE ISRAEL E PALESTINA



 
   

     Celebrações do Dia da Independência, na quarta, aconteceram em meio ao aumento de tensões com os palestinos, com bombardeios e ataques terroristas, e os protestos de israelenses contra a reforma do Judiciário. Manifestantes israelenses protestaram contra governo nacionalista-religioso, em Tel Aviv, Israel.

 

 
 

    

    

     Israel acaba de comemorar seu 75º aniversário nesta semana em um clima turbulento e incerto, ofuscado por uma batalha sobre o judiciário que abriu algumas das divisões sociais mais profundas desde a fundação do país em 1948.

     O Dia da Memória nesta terça-feira, em homenagem aos militares mortos do país, e o Dia da Independência, no dia seguinte, tradicionalmente servem como marcadores de unidade em uma nação que lutou repetidas guerras desde a sua criação.

     Centenas de milhares de israelenses têm ido às ruas semanalmente desde o início do ano para protestar contra os planos do governo nacionalista-religioso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de impor restrições ao judiciário, visto por eles como uma ameaça existencial à democracia.

     O governo e seus apoiadores dizem que as mudanças são necessárias para controlar os juízes ativistas que se intrometem agressivamente na esfera do Parlamento e do Executivo, mas concordaram no mês passado em interromper os planos para permitir mais consultas. Mas os protestos continuaram e, para muitos israelenses, o impasse abriu questões profundas sobre seu país que vão além da composição da Suprema Corte e do poder do Executivo de anular suas decisões.

     Os cidadãos árabes de Israel, que representam um quinto da população, ficaram de fora do debate, o qual muitos palestinos dizem ignorar suas preocupações e a ocupação de décadas de áreas que eles querem como o centro de um futuro Estado.

     De acordo com uma pesquisa do Channel 12 News na semana passada, cerca de 51% dos israelenses estão pessimistas sobre o futuro do país, que cresceu de um território pobre e amplamente agrícola para uma potência de alta tecnologia.

     Além dos problemas internos, Israel enfrenta uma escalada de violência na questão Palestina. O ano passado foi o mais mortífero para os palestinos na Cisjordânia ocupada e para os israelenses em quase duas décadas, e este ano está a caminho de piorar.

     As tensões aumentaram durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que coincidiu este ano com o feriado da Páscoa judaica, depois que a polícia israelense invadiu duas vezes a mesquita de al-Aqsa em Jerusalém, cujo complexo também é conhecido como Monte do Templo – um dos mais reverenciados lugares no Islã e no Judaísmo. A polícia israelense prendeu centenas de pessoas acusadas de se barricar dentro da mesquita e atirar fogos de artifício e pedras, levando a amplas condenações do mundo árabe e muçulmano.

Desde então, Israel foi alvo de bombardeios vindos do Líbano e da Síria, além de ser alvo de ataques terroristas em diversas áreas, e a tendência é que a situação venha a piorar.

 

    

Fonte: CNN Brasil

 

 

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