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Jornal Rede Metrópole Litoral: 09/10/2023

ISRAEL X HAMAS: MORTOS JÁ ULTRAPASSAM 1500, SEQUESTRADOS SÃO MAIS DE 100



 
   

 
 

    

     No terceiro dia de conflito, autoridades israelenses declararam "cerco completo" à Faixa de Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas. Além de bombardear o território palestino, os israelenses bloqueiam a chegada de água, comida e luz aos palestinos.

     O Hamas afirma que tem mais de cem reféns israelenses, que serão assassinados se o cerco israelense continuar, porém, segundo a emissora Al Jazeera, um integrante do alto escalão do Hamas declarou que está "aberto a discussões" para um possível cessar-fogo.

     O governo israelense afirmou ter retomado o controle total das regiões no sul do país que haviam sido atacadas pelo Hamas. Até o momento, pelo menos 1.587 pessoas morreram em Israel e em Gaza desde sábado.

    

 

NEM TODOS OS PAÍSES CONSIDERAM O HAMAS COMO UM GRUPO TERRORISTA


     Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e as nações da União Europeia classificam o Hamas como uma organização terrorista, já o Brasil e nações como China, Rússia, Turquia, Irã e Noruega não adotam essa classificação.

     Historicamente o governo brasileiro só aceita classificar uma organização como sendo terrorista se ela for considerada assim pela ONU. É o caso dos grupos islamistas Boko Haram, Al-Qaeda e Estado Islâmico — consideradas organizações terroristas pela ONU e portanto também pelo governo brasileiro. Ao longo do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), o presidente chegou a se manifestar em favor de classificar grupos como o palestino Hamas e o islâmico xiita libanês Hezbollah como terroristas — mas oficialmente o Brasil nunca mudou sua postura.

     Há países que, além de não considerarem o Hamas um grupo terrorista, ainda oferecem apoio à organização, como é o caso do Irã e Turquia, que oferecem apoio material e financeiro, ao Hamas, além de acolherem, supostamente, seus principais líderes.

     A Noruega não classifica o Hamas como entidade terrorista. Em 2007, Oslo se recusou a boicotar o grupo palestino depois da vitória eleitoral do Hamas em Gaza.

     No fim de semana, o Itamaraty emitiu duas notas sobre a violência no Oriente Médio — e em nenhuma delas o governo brasileiro menciona o Hamas. "O governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza".

     "O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas", disse o Itamaraty em suas notas.

    

 

Fonte: Uol/ G1

 

 

 

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