No terceiro dia de conflito,
autoridades israelenses declararam "cerco
completo" à Faixa de Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas.
Além de bombardear o território palestino, os israelenses bloqueiam a
chegada de água, comida e luz aos palestinos.
O
Hamas afirma que tem mais de cem reféns
israelenses, que serão assassinados se o cerco israelense continuar,
porém, segundo a emissora Al Jazeera, um integrante do alto escalão do
Hamas declarou que está "aberto a discussões"
para um possível cessar-fogo.
O
governo israelense afirmou ter retomado o controle total das regiões no
sul do país que haviam sido atacadas pelo Hamas. Até o momento, pelo
menos 1.587 pessoas morreram em Israel e em Gaza
desde sábado.
NEM TODOS OS
PAÍSES CONSIDERAM O HAMAS COMO UM GRUPO TERRORISTA
Países como Estados
Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e as nações da União Europeia
classificam o Hamas como uma organização terrorista, já o Brasil e
nações como China, Rússia, Turquia, Irã e Noruega não adotam essa
classificação.
Historicamente o governo brasileiro só aceita classificar uma
organização como sendo terrorista se ela for
considerada assim pela ONU. É o caso dos grupos islamistas Boko Haram,
Al-Qaeda e Estado Islâmico — consideradas organizações
terroristas pela ONU e portanto também pelo governo brasileiro. Ao longo
do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), o
presidente chegou a se manifestar em favor de classificar grupos como o
palestino Hamas e o islâmico xiita libanês Hezbollah como terroristas
— mas oficialmente o Brasil nunca mudou sua postura.
Há
países que, além de não considerarem o Hamas um grupo terrorista, ainda
oferecem apoio à organização, como é o caso do Irã
e Turquia, que oferecem apoio material e financeiro, ao Hamas, além de
acolherem, supostamente, seus principais líderes.
A Noruega não classifica o Hamas como entidade
terrorista. Em 2007, Oslo se recusou a boicotar o grupo palestino depois
da vitória eleitoral do Hamas em Gaza.
No
fim de semana, o Itamaraty emitiu duas notas sobre a violência no
Oriente Médio — e em nenhuma delas o governo brasileiro menciona o
Hamas. "O governo brasileiro condena a série de
bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da
Faixa de Gaza".
"O governo brasileiro reitera seu compromisso com
a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente
viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras
mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas", disse o
Itamaraty em suas notas.
Fonte: Uol/ G1
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