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Assinado em 16 de maio, o pedido de instauração de impeachment partiu do
engenheiro e advogado José Manoel Ferreira Gonçalves, que já protocolou
solicitações de mesmo teor anteriormente. Ele alegou que as supostas
ações de Suman causaram “dano moral coletivo”
em relação aos moradores de Guarujá e à sociedade brasileira como um
todo.
O pedido foi votado na 15ª Sessão
Ordinária, na terça-feira (21). Os vereadores favoráveis ao
afastamento foram Raphael Vitiello (PSD), o
Professor Anderson Figueira (Podemos), Waguinho (PDR) e Toninho Salgado
(PSD).
Ao
justificar o voto favorável à instauração do impeachment, Figueira
ressaltou que se trata de um processo que apontou falta de decoro e a
prática de supostos crimes por parte de Suman.
"Meu voto foi a favor do recebimento da denúncia porque entendo que
deveria ter sido, sim, aceita a denúncia para que ela pudesse ser
discutida aqui nessa casa e que Justiça pudesse ser realizada",
disse.
Waguinho comentou sobre a suposta responsabilidade dos desvios na verba
pública da saúde no ano de 2020, quando teve início a pandemia de Covid-19.
"Até hoje tem muitas famílias que ainda estão chorando esse luto devido
à suposta corrupção que se instalou na Saúde [...] Eu tenho toda a
certeza que, se essa votação fosse para a população, o prefeito não
estaria mais à frente do Executivo".
Contrário à instauração, o vereador Sérgio Santa Cruz (Cidadania)
pontuou que José Manoel Ferreira Gonçalves é pré-candidato à prefeitura
pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Sendo assim, estaria
utilizando o parlamento em prol de benefício próprio. Ele considerou a
peça “inepta" e "sem cabimento”. "A votação se deu
conforme a Justiça Federal acatou a decisão do Ministério Público em
manter o prefeito no cargo", afirmou.
O
presidente da Casa, Juninho Eroso (Progressistas), levantou discussão
sobre uma segunda denúncia contra Suman, elaborada por Sérgio Zagarino.
Ele encaminhou o tema à Comissão de Fiscalização e Controle, que deverá
emitir um parecer para a abertura ou não de comissão processante.
Valter Suman é réu por improbidade administrativa
em uma ação civil pública decorrente da Operação Nácar, deflagrada pela
Polícia Federal em 2021, para combater um esquema de desvio de verbas
públicas na Saúde e Educação do município.
Fonte: G1
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