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Jornal Rede Metrópole Litoral: 08/07/2022          

 

90 ANOS DA REVOLUÇÃO PAULISTA DE 1932



 
     
 

    

   Nascida de várias insatisfações como a perda do protagonismo político originado pela Política do Café-com-Leite, aliança que tinha com Minas Gerais, foi um importante acontecimento para São Paulo.

 

    A revolução constitucionalista de 1932, foi a guerra ocorrida entre julho e outubro de 1932 e que visava derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas; governo este, que foi instituído aos 11 de novembro de 1930.

     A chamada Era Vargas foi composta por 3 fases: Governo Provisório, de 1930 à 1934, o Período da Constituição de 1934, após a aprovação da nova constituição pela assembléia constituinte e o Período do Estado Novo, de 1937 à 1945, iniciado com a imposição da nova constituição com o Golpe de Estado. Tal governo iniciou com uma outra revolução: a de 1930, entre os Estados de Minas Gerais, Paraíba e Mato Grosso do Sul, quando impediu que Júlio Prestes, eleito na ocasião, tomasse posse, colocando fim à "República Velha".

    Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, houve grande queda do preço de exportação do café e, devido um ato do governo de Washington Luís de apoiar Júlio Prestes ao governo, tomando assim a vez que seria de Minas Gerais indicar o sucessor, as lideranças da Oligarquia Paulistana romperam a aliança que tinham com os mineiros, aliança esta conhecida como política do café-com-leite, que visava a predominância do poder nacional por parte das oligarquias paulista e mineira, que iniciou na República Velha durante a presidência de Campos Sales.

    Em 1 de março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente que deram a vitória ao paulista Júlio Prestes, que não tomou posse por causa do golpe desencadeado aos 3 de outubro de 1930 e acabou sendo exilado. Aos 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas assumiu a chefia do Governo Provisório, data que também marca o fim da República Velha do Brasil.

    O levante armado de 1932 começou aos 9 de julho precipitado pela revolta popular após a morte de 4 jovens por tropas Getulistas durante um protesto - eram eles: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, que originou um movimento clandestino que conspirava contra o governo provisório de Getúlio, chamado MMDC. São Paulo esperava receber ajuda os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso quando precipitou-se à guerra, porém essa ajuda não veio e o Governo Provisório teve tempo suficiente para organizar a reação durante este período. São Paulo teve que organizar um amplo sistema militar defensório em suas fronteiras contra a ofensiva de tropas de todos os estados brasileiros, com a exceção de Mato Grosso, único aliado dos paulistas.

     Em 2 de outubro de 1932, o exército de São Paulo se rende às Forças Armadas Brasileiras, tendo sua oposição ao Governo Provisório de Getúlio Vargas sido frustrada. Estima-se que entre 600 e 2200 foram os mortos, além de numerosas cidades do estado de São Paulo terem sofrido danos devido aos combates.

 

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