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Nascida de várias
insatisfações como a perda do protagonismo político originado pela
Política do Café-com-Leite, aliança que tinha com Minas Gerais, foi
um importante acontecimento para São Paulo.
A revolução
constitucionalista de 1932, foi a guerra ocorrida entre julho e outubro
de 1932 e que visava derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas;
governo este, que foi instituído aos 11 de novembro de 1930.
A chamada Era Vargas foi
composta por 3 fases: Governo Provisório, de 1930 à 1934, o Período da
Constituição de 1934, após a aprovação da nova constituição pela
assembléia constituinte e o Período do Estado Novo, de 1937 à 1945,
iniciado com a imposição da nova constituição com o Golpe de Estado. Tal
governo iniciou com uma outra revolução: a de 1930, entre os Estados de
Minas Gerais, Paraíba e Mato Grosso do Sul, quando impediu que Júlio
Prestes, eleito na ocasião, tomasse posse, colocando fim à "República
Velha".
Com a quebra da Bolsa de Valores
de Nova Iorque em 1929, houve grande queda do preço de exportação do
café e, devido um ato do governo de Washington Luís de apoiar Júlio
Prestes ao governo, tomando assim a vez que seria de Minas Gerais
indicar o sucessor, as lideranças da Oligarquia Paulistana romperam a
aliança que tinham com os mineiros, aliança esta conhecida como política
do café-com-leite, que visava a predominância do poder nacional por
parte das oligarquias paulista e mineira, que iniciou na República Velha
durante a presidência de Campos Sales.
Em 1 de março de 1930, foram
realizadas as eleições para presidente que deram a vitória ao paulista
Júlio Prestes, que não tomou posse por causa do golpe desencadeado aos 3
de outubro de 1930 e acabou sendo exilado. Aos 3 de novembro de 1930,
Getúlio Vargas assumiu a chefia do Governo Provisório, data que também
marca o fim da República Velha do Brasil.
O levante armado de 1932 começou
aos 9 de julho precipitado pela revolta popular após a morte de 4 jovens
por tropas Getulistas durante um protesto - eram eles: Martins,
Miragaia, Dráusio e Camargo, que originou um movimento clandestino que
conspirava contra o governo provisório de Getúlio, chamado MMDC. São
Paulo esperava receber ajuda os estados de Minas Gerais, Rio Grande do
Sul e do Mato Grosso quando precipitou-se à guerra, porém essa ajuda não
veio e o Governo Provisório teve tempo suficiente para organizar a
reação durante este período. São Paulo teve que organizar um amplo
sistema militar defensório em suas fronteiras contra a ofensiva de
tropas de todos os estados brasileiros, com a exceção de Mato Grosso,
único aliado dos paulistas.
Em 2 de outubro de 1932, o
exército de São Paulo se rende às Forças Armadas Brasileiras, tendo sua
oposição ao Governo Provisório de Getúlio Vargas sido frustrada.
Estima-se que entre 600 e 2200 foram os mortos, além de numerosas
cidades do estado de São Paulo terem sofrido danos devido aos combates.
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