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O prefeito de Guarujá, Farid Madi (Podemos), relatou que assumiu o
comando da cidade em meio a uma situação financeira preocupante.
Com uma dívida superior a R$ 300 milhões deixada
pela gestão anterior, o novo chefe do Executivo busca soluções para
equilibrar as contas públicas e garantir a continuidade dos serviços
essenciais. Entre as medidas anunciadas estão as propostas de
parcelamento do débito com fornecedores.
Farid
ressaltou que muitas informações detalhadas sobre as finanças só vieram
à tona após assumir o cargo. Uma das prioridades da nova gestão é
revisar contratos firmados anteriormente, função da Comissão de Promoção
da Eficiência do Gasto Público do Município, oficializada no dia 1º de
janeiro.
O prefeito citou como exemplo contratos da área da
saúde, onde foram identificadas irregularidades como médicos escalados
para mais de 70 plantões mensais, algo inviável na prática. Além disso,
a Prefeitura deve propor um acordo com empresas responsáveis por
serviços essenciais, como coleta de lixo, para evitar interrupções.
A City, empresa responsável pelo transporte
público na cidade, afirma que está sem receber os valores
contratualmente previstos há sete meses consecutivos. A empresa chegou a
fazer uma paralisação de algumas linhas, porém uma liminar da justiça a
forçou retornar com seu serviço; segundo informações passadas por
integrantes da empresa, até os abastecimentos de óleo díesel está
comprometido, e a situação já foi transmitida ao gabinete do último
prefeito e à Secretaria Municipal de Finanças por intermédio de vários
ofícios.
Nos
últimos dias, a cidade de Guarujá foi palco de manifestações e
paralisações realizadas por funcionários da empresa CML Alimentação,
contratada para prestar serviços essenciais à Prefeitura.
As mobilizações ocorreram em razão de graves
denúncias de atrasos salariais, incluindo o pagamento de 13º salário,
férias, vale-refeição, vale-alimentação, e vale-transporte.
Segundo
uma reportagem do Santa Portal, Farid esclareceu sobre as inúmeras
tentativas de resolver a situação o mais breve: Com um orçamento de
quase R$ 3 bilhões, considerando receita própria e convênios, Farid
procura parcerias para diminuir as dívidas e realizar obras de
infra-estrutura e em unidades de saúde e educação, que estão
“quase todas com condições precárias”.
"Nosso objetivo é buscar, por meio de convênios e
parcerias com os governos estadual e federal, os recursos necessários
para implementar obras urgentes nas áreas de infra-estrutura, educação e
saúde, entre outras. Realmente são demandas urgentes que a gente precisa
atuar de forma rápida para dar uma melhor qualidade no atendimento”,
concluiu.
Fonte: Diário do Litoral, Santa Portal e A Tribuna
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