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        O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 
        afirmou nesta segunda-feira (22) que a "tirania do 
        veto" impede o Conselho de Segurança da Organização das Nações 
        Unidas (ONU) de coibir "atrocidades". O 
        presidente também voltou a dizer que o povo que vive na Faixa de Gaza 
        sofre um "genocídio". "[O conflito entre Israel e 
        Palestina] mostra como a tirania do veto sabota a própria razão de ser 
        da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram sua fundação se 
        repitam", disse Lula.      Lula 
        deu a declaração durante participação na Conferência Internacional de 
        Alto Nível para discutir a situação da Palestina, em Nova York, na 
        véspera de discursar na Assembleia Geral da ONU. Durante a fala, Lula 
        voltou a chamar a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza de genocídio e que 
        o direito de defesa de Israel contra o Hamas "não 
        autoriza a matança discriminada de civis". "Não há palavra mais 
        apropriada para descrever o que esta ocorrendo em Gaza do que 
        genocídio", afirmou o presidente.      A 
        conferência foi convocada por França e Arábia Saudita para discutir uma
        "resolução pacífica" da guerra na Faixa de 
        Gaza e a solução dos dois estados, um judeu e outro palestino.     
        
        Os Estados Unidos vetaram na última quinta-feira 
        (18) um projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um 
        cessar-fogo em Gaza. A medida recebeu 14 votos na ONU e exigiria que 
        Israel suspendesse todas as restrições à entrega de ajuda ao enclave 
        palestino. O Conselho de 
        Segurança da ONU é formado por 15 membros, mas somente cinco ocupam os 
        chamados assentos permanentes e, com isso, têm direito a poder de veto. 
        São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.   CONIB VÊ 
        "ACUSAÇÕES ANTISSEMITAS" EM DISCURSO DE LULA NA ONU: 
      A 
        Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou nota nesta 
        segunda-feira (22/9) na qual lamenta as declarações do presidente Luiz 
        Inácio Lula da Silva (PT) a respeito de Israel, feitas durante um 
        encontro internacional em Nova York. A entidade considerou o discurso um 
        “ataque” e destacou que as falas ocorreram durante o Ano Novo judaico, 
        um dos principais feriados da comunidade.      Segundo 
        a Conib, ao acusar Israel de matar mulheres e crianças
        “deliberadamente”, Lula reproduziu uma das
        “mais antigas acusações antissemitas da história”. 
        A entidade afirmou ainda que o presidente desconsidera
        “a tradição diplomática brasileira de moderação e 
        busca do diálogo”.     
        “A Conib lamenta que, em pleno feriado do Ano Novo 
        judaico, o presidente Lula mais uma vez faça acusações mentirosas contra 
        Israel, agora em foro internacional”, declarou a entidade 
        israelita.      No 
        evento, voltado à busca de uma solução pacífica para o conflito na Faixa 
        de Gaza, Lula defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina e voltou 
        a classificar as ações de Israel na região como 
        “genocídio”. O presidente argumentou que o direito de defesa não 
        pode justificar “matança indiscriminada de civis” 
        e disse que a destruição de casas, a morte de milhares de crianças e o 
        uso da fome como arma de guerra não encontram justificativa.     
        “Se o presidente Lula está interessado no fim da 
        guerra, deveria pedir que o Hamas devolva os reféns que mantém nas 
        masmorras de Gaza há quase dois anos e que o grupo terrorista deponha 
        suas armas. Suas manifestações desequilibradas em nada contribuem para a 
        paz na região”, disse a Conib.      
        Entidade lamentou declarações do presidente Lula em meio a feriado 
        judaico e pediu foco na devolução de reféns pelo Hamas.   
        
 Fonte:  G1/ Metrópoles
     
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