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Jornal Rede Metrópole Litoral: 02/12/2025          

Fotos e vídeos: Reprodução Internet

 

"RETROSPECTIVA DAS FRAUDES DO BRASIL":



 

Daniel Bueno Vorcaro, dono do banco Master, e empresário com atuação nos setores financeiro, imobiliário, de saúde e varejo

 

FRAUDE NO BANCO MASTER:



     O BC (Banco Central) decretou na terça-feira (18/11) a liquidação extrajudicial do Banco Master. Na ocasião, a decisão encerrou as chances de a instituição ser vendida ao Grupo Fictor, que havia manifestado interesse na aquisição da mesma. O termo de liquidação, assinado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, também colocou sob intervenção a corretora de câmbio do banco. A notícia chegou no mesmo dia em que o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, havia sido preso pela PF (Polícia Federal) em São Paulo.

     A Operação Compliance Zero culminou na prisão de Vorcaro. Os crimes investigados incluem gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, entre outros. A Polícia Federal investiga também a emissão de títulos de crédito falsos e Vorcaro foi preso no Aeroporto de Guarulhos. Segundo a defesa do banqueiro, ele estava a caminho de Dubai para fechar negócios quando foi abordado.

     A PF cumpriu um total de cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. As investigações que levaram à prisão de Daniel Vorcaro tiveram início em 2024, após uma requisição do MPF (Ministério Público Federal).

     A "fabricação de carteiras de crédito" pode ter dois significados: a venda lícita de um portfólio de empréstimos por um banco para outra instituição, gerando capital, ou o ato ilícito de criar carteiras de crédito falsas para fins fraudulentos, como o que está sendo investigado em casos recentes. Bancos vendem suas carteiras de crédito, que são um conjunto de empréstimos e financiamentos, para outras instituições financeiras, negociando essas carteiras por um valor menor do que o total a ser recebido no futuro para ter dinheiro em caixa agora.

 

       Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, deixou a prisão no sábado (29/11) usando uma tornozeleira eletrônica. O banqueiro é suspeito de comandar uma fraude de R$ 12 bilhões. Daniel Vorcaro deixou o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 11h40.

     O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), impôs um severo regime de sigilo ao caso envolvendo o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, suspeito de uma série de fraudes financeiras.



     Segundo fontes ligadas ao ministro, a decisão se deu para evitar vazamentos que possam atrapalhar as investigações e potencialmente anular os processos no futuro. Tecnicamente, a Corte afirma que, segundo resolução interna publicada em julho deste ano pelo STF, essa é uma prerrogativa do relator, que pode rever a classificação de sigilo "a qualquer tempo". Depois de dez dias preso, Vorcaro foi solto por ordem da desembargadora Solange Salgado, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Ela determinou o uso de tornozeleira eletrônica.


O CELULAR DE VORCARO
 

     A apreensão do celular do banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, feita pela Polícia Federal durante a deflagração da operação Compliance Zero, tornou-se um elemento sensível na vida política, jurídica e financeira em Brasília.

     O aparelho, recolhido após a prisão do executivo no Aeroporto de Guarulhos, é visto por parlamentares, ministros, assessores e operadores do poder como potencial “bomba de fragmentação” capaz de expor relações políticas, trocas de favores e articulações que atravessam governo, Centrão e oposição, pois há, segundo uma apuração da Gazeta do Povo junto à fontes ligadas às investigações, inúmeros nomes importantes que mantiveram contato com o banqueiro ao longo dos últimos anos. Embora essas interlocuções não necessariamente caracterizem irregularidades, os conteúdos vão passar por uma varredura dentro da PF.

 


FRAUDE NOS CORREIOS



     A fraude nos Correios envolveu vários esquemas, como a substituição de etiquetas de envio para desviar encomendas, o desvio de valores por meio de falsas indenizações de objetos perdidos e a manipulação de contratos. Esses esquemas causaram prejuízos financeiros milionários à empresa, principalmente com a perda de mercadorias valiosas como eletrônicos. As fraudes incluíam tanto a participação de funcionários quanto a cooptação de empresários e até agentes políticos.

 

PRINCIPAIS TIPOS DE FRAUDE:


     1) Desvio de encomendas: Substituição de etiquetas verdadeiras por falsas para que encomendas fossem enviadas para destinatários dentro do esquema criminoso com o auxílio de funcionários que permitiam que os produtos saíssem do fluxo postal normal. Destino de eletrônicos de alto valor, como celulares, notebooks e TVs, para os membros da organização, também fazia parte do esquema.

     2) Fraude com indenizações: Criação de um esquema para postar pacotes de alto valor, com pagamento de seguro, e depois simular o extravio e o recebimento indevido de valores de indenização pelos supostos objetos perdidos, sem que os itens fossem realmente postados.

     3) Corrupção e contratos fraudados: Pagamento de propinas para funcionários públicos e agentes políticos. Identificação de clientes e direcionamento para que rompessem contratos com os Correios, passando a usar os contratos dos criminosos, com prejuízos para a empresa e criação de contratos fraudulentos para que as faturas não fossem pagas, resultando em prejuízo.

     4) Golpes que usam o nome dos Correios para enganar o público em geral, como sites falsos, mensagens de WhatsApp e e-mails que solicitam pagamento de taxas para liberar encomendas "retidas".

     A Operação Cartas Marcadas: Investigou o esquema de indenizações falsas, envolvendo funcionários e parentes; operações em Santa Catarina e Rio de Janeiro: Desarticularam um grupo que tentava cooptar servidores públicos para aplicar fraudes e operações em outras cidades resultaram na apreensão de bens, como celulares, TVs e carros de luxo, e na prisão de pessoas envolvidas.

 

       Em uma situação financeira cada vez mais delicada, os Correios tiveram um prejuízo acumulado de R$ 6 bilhões até setembro, praticamente triplicando o valor registrado no mesmo período do ano passado - quando o rombo foi de R$ 2,1 bilhões. As demonstrações contábeis do terceiro trimestre foram aprovadas, nesta sexta-feira (28), pelo conselho de administração da estatal.

     Houve avanços em negociações com um "pool" de bancos públicos e privados para a obtenção de um empréstimo no valor de R$ 20 bilhões, com garantia do Tesouro Nacional. A cúpula dos Correios ainda tenta melhorar as condições oferecidas pelo consórcio de bancos, mas pretende fechar na próxima semana a operação, que é vista no governo como imprescindível para "salvar" a empresa e evitar um cenário de colapso na prestação de serviços.

     O empréstimo deverá ser fatiado e os recursos chegarão à estatal em duas ou mais parcelas. A estratégia busca evitar que o dinheiro fique "guardado" no caixa dos Correios, pagando juros, já que boa parte do financiamento só vai ser efetivamente em 2026.

   



FRAUDE NO INSS



     Uma grande fraude contra o INSS envolveu descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas, totalizando aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025. Uma operação da Polícia Federal e da CGU em abril de 2025 revelou o esquema, que resultou no afastamento de autoridades como o presidente do INSS e o ministro da Previdência. Para ressarcir as vítimas, o governo implementou um acordo para reembolso, com pagamentos já iniciados e bloqueio de ativos dos investigados.

     Estimava-se que o valor desviado entre 2019 e 2025 fosse de cerca de R$ 6,3 bilhões, através de descontos não autorizados de mensalidades associativas, todavia, outras investigações mostraram que houve descontos de empréstimos indevidos até em benefícios de crianças e de pessoas com deficiências, usuárias dos benefícios da Previdência Social, podendo os valores atuais da fraude, chegarem perto dos R$ 90 bi.

     Em decorrência das investigações, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, foram afastados de seus cargos. As irregularidades ocorriam por meio de convênios suspensos com associações, que faziam cobranças fraudulentas de baixo valor, muitas vezes falsificando documentos ou obtendo autorizações de forma ilícita.

 

       A informação de que "Frei Chico foi descartado de investigação" é, em parte, imprecisa com base nas notícias recentes. Embora ele não tenha sido formalmente indiciado em investigações recentes da Polícia Federal (PF) relacionadas a fraudes no INSS, a menção ao seu nome e a pedidos de investigação continuam em discussão. A Polícia Federal realizou buscas no Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), do qual José Ferreira da Silva (Frei Chico), irmão do presidente Lula, é vice-presidente.

     Na CPMI, a convocação de Frei Chico para depor foi rejeitada pelos parlamentares em outubro de 2025, com 19 votos contrários e 11 a favor. Isso significa que ele não será ouvido pela comissão. Em um caso anterior, de 2019, a Justiça de São Paulo já havia rejeitado uma denúncia do Ministério Público contra Lula, Frei Chico e executivos da Odebrecht por corrupção.

    


J&F, JOESLEY BATISTA E A ÂMBAR ENERGIA:



     Um juiz federal determinou a redução da multa de R$ 10 bilhões prevista no acordo de leniência firmado pela J&F em 2017. A decisão, noticiada em novembro de 2025, sugere que pode ter havido coação na negociação original da multa bilionária. Em reportagens de outubro e novembro de 2025 é veiculada como os irmãos Batista conseguiram se reerguer do escândalo de 2017, expandindo seu império para setores como energia (Âmbar Energia, que formalizou a compra da Amazonas Energia e recebeu aval para participar da Eletronuclear) e mineração.

     Em novembro de 2025, políticos da oposição, como o senador Izalci Lucas, voltaram a afirmar que o governo federal estaria favorecendo o grupo J&F em esquemas de corrupção, uma acusação que gerou manchetes no Senado. Notícias de setembro e novembro de 2025 relataram que Joesley Batista foi recebido pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e que o jatinho dos irmãos fez viagens à Venezuela, o que gerou repercussão política.

     O "último escândalo" da Âmbar Energia (empresa do grupo J&F, dos irmãos Batista) envolve a recente e polêmica compra da participação da Eletrobras na Eletronuclear, bem como disputas judiciais e questionamentos regulatórios relacionados à aquisição da Amazonas Energia. Embora a Âmbar tenha recebido autorização do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para várias aquisições recentes, as operações têm gerado controvérsias e cobertura da mídia devido a:

     1) Compra da Eletronuclear: Em outubro e novembro de 2025, a Eletrobras concluiu a venda de sua participação total na Eletronuclear para a Âmbar, em uma operação de R$ 535 milhões. Essa aquisição, que transforma a J&F na sexta maior geradora de energia do país, levanta discussões no setor e na imprensa sobre a entrada do grupo no mercado de energia nuclear.

     2) Disputa pela Amazonas Energia: A compra da Amazonas Energia pela Âmbar enfrentava resistência de outros empresários (como Carlos Suarez, o "rei do gás") e questionamentos na Justiça e na ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Houve liminares e ações judiciais tentando anular a venda ou a conversão de contratos de fornecimento de energia, com a Âmbar afirmando que não cederia às pressões.

     3) Acordos e MP: Em 2024, houve polêmica envolvendo um acordo bilionário entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Âmbar que foi defendido pelo ministro Alexandre Silveira, mas questionado pelo Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) por suspeita de irregularidades e por supostamente transferir custos para o consumidor. O TCU chegou a arquivar um processo relacionado a um acordo de 2021.

 

       Atualmente, a Âmbar Energia, do grupo J&F, obteve autorizações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a compra de participação na Eletronuclear e a aquisição de três usinas termelétricas da Rovema, localizadas no Acre.

     As anuências foram publicadas em despachos do Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira, 1º de dezembro e as autorizações ocorrem cerca de uma semana após a empresa dos irmãos Batista receber aval do órgão antitruste para a compra da Norte Tech, empresa especializada em construção, manutenção e operação de redes energizadas de distribuição para concessionárias de energia elétrica, marcando a entrada da J&F nesse segmento.
 

    
 

 

           

 

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         A prisão preventiva foi decretada pelo STF a pedido da Polícia Federal, que apontou risco concreto de fuga. Segundo a decisão do Supremo, esse risco foi identificado após Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília nas proximidades da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar e devido o sistema de monitoramento ter registrado uma ocorrência de tentativa de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro.
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