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Investigadores indianos serão acompanhados por
especialistas americanos e do Reino Unido nos próximos dias, enquanto as
autoridades tentam estabelecer a causa da queda do Boeing 787-8
Dreamliner logo após a decolagem, a apenas 1,5 km da pista do Aeroporto
Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, na cidade de Ahmedabad, no
estado de Gujarate, na Índia.
Esta é
a primeira vez que um 787-8 Dreamliner sofre um acidente fatal desde que
entrou em serviço comercial em 2011. O desastre desta quinta-feira matou
241 pessoas a bordo e um número ainda indeterminado de pessoas em solo.
O acontecimento está sendo falado em diversos países pelo mundo e vários
profissionais e especialistas listam várias hipóteses que podem ter
contribuído para a queda do avião.
Segundo os profissionais, os
fatores que mais podem ter contribuído para a queda são: dificuldade
para ganhar altitude, falha dupla de motores - embora rara, mas pode ter
acontecido, visto que os aviões 787-8 Dreamliner, são altamente capazes
de voar em segurança com apenas um dos motores -, colisão com pássaros,
os flaps das asas poderiam estar posicionados incorretamente - embora os
pilotos fossem extremamente experientes, erros ou falha mecânica podem
acontecer -, etc.
O 787-8
Dreamliner foi pilotado pelo capitão Sumeet Sabharwal e seu copiloto
Clive Kundar. Os dois eram altamente experientes, com mais de 9 mil
horas de voo combinadas. Sabharwal acumulou mais de 22 anos de
experiência como piloto de linha aérea comercial.
A
aeronave caiu em uma área residencial, com imagens mostrando blocos
habitacionais bastante danificados em uma área densamente construída,
que incluía hospitais e prédios oficiais. O avião transportava 242
pessoas enquanto taxiava pela pista do Aeroporto Internacional de
Ahmedabad. O jato decolou às 13h39, pelo horário local (5h09 pelo
horário de Brasília), informou a operadora Air India.
O ministro do Interior da Índia, Amit Shah, disse
que o avião transportava 100 toneladas de combustível – praticamente a
carga completa – ao decolar de Ahmedabad e quase imediatamente após a
decolagem, a cabine emitiu um sinal de socorro, informou o órgão
regulador da aviação da Índia. Não está claro o que motivou o
sinal de socorro, mas o único sobrevivente do voo disse à imprensa
indiana que ouviu um forte estrondo enquanto o avião lutava para ganhar
altitude.
O único
sobrevivente das 242 pessoas a bordo de um avião, disse, nesta
sexta-feira (13), que não consegue explicar como escapou milagrosamente
com vida. "Tudo aconteceu na minha frente, e nem
eu conseguia acreditar como consegui sair vivo de lá", declarou,
do leito de um hospital, à emissora britânica DD News.
Ramesh,
que supostamente estava no assento 11A, foi o único ocupante do avião
que sobreviveu. Seu irmão também estava no mesmo vôo, informou sua
família à imprensa no Reino Unido. "Um minuto após
a decolagem, senti como se algo tivesse travado. Percebi que algo tinha
acontecido e, de repente, as luzes verde e branca do avião se acenderam",
contou Ramesh. "Depois disso, o avião pareceu
acelerar, indo direto para o que acabou sendo uma residência. Vi tudo
com meus próprios olhos", acrescentou.
Ramesh,
de 40 anos, é da cidade britânica de Leicester, segundo a agência de
notícias Press Association, que conversou com sua família, e ele pulou
do avião, quando uma das portas se quebrou. "Vi os
comissários de bordo, homens e mulheres à minha frente. Desapertei o
cinto de segurança e tentei me salvar, e consegui; acho que o lado em
que eu estava não dava para a residência. Era mais perto do chão e
também havia espaço", disse ele. "Quando a
porta quebrou, vi esse espaço e pensei que poderia tentar passar por
ele".
Ramesh
foi hospitalizado com ferimentos pelo corpo. Não
se sabe ao certo ainda, o número de mortos em terra, todavia até o
momento, cerca de 24 pessoas morreram no solo.
Fonte: BBC.com/ UOL.com.br
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