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        O Brasil não tem conseguido atrair os jovens para 
        a profissão docente e, se mantido o ritmo atual de formados em cursos de 
        licenciatura, a educação básica do país pode enfrentar um déficit de 235 
        mil professores até 2040. A estimativa é de um estudo feito pelo 
        Instituto Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino 
        Superior), com dados dos Censos do Ensino Superior e da Educação 
        Básica coletados pelo MEC (Ministério da Educação).      
        Segundo o IBGE, o país deve chegar ao ano de 2040 com pouco mais de 40 
        milhões de pessoas com idade entre 3 e 17 anos. Com uma taxa atual de 
        20,3 cidadãos nessa faixa etária para cada docente em exercício na 
        Educação Básica, serão necessários 1,97 milhão de professores para 
        manter essa proporção.       O 
        problema é que, mantendo as mesmas taxas de crescimento no número de 
        professores aferido em 2021, a estimativa vai no sentido contrário: o 
        país terá 20,7% menos docentes. Isso representa um total de 1,74 milhão, 
        ou 235 mil a menos do que seria necessário. Naturalmente, tem-se 
        que o número de brasileiros que sonham com a carreira docente também 
        diminui.      
        Coordenador do colegiado especial dos cursos de licenciatura da UFMG, 
        Tiago Jorge acredita que esse êxodo dos educadores das salas de aula 
        seja justificado pela baixa valorização da profissão.
        “O que a gente sempre discute é que há necessidade 
        de políticas públicas que valorizem os cargos de docentes. E não é 
        apenas na questão de melhores salários. É preciso haver melhores planos 
        de carreira e uma formação continuada mais desenvolvida, para que os 
        professores busquem se aperfeiçoar mais em cursos de mestrado e 
        doutorado, por exemplo”, sugere o especialista.      Os 
        professores da educação básica na rede pública de ensino tiveram seus 
        salários reajustados em 3,62%. O Ministério da 
        Educação (MEC) formalizou o novo piso salarial dos professores, que em 
        porcentagem, fechou à baixo da linha média da inflação oficial do país, 
        que foi de 4,62%, e o novo valor mínimo para 2024 é de R$ 4.580,57. No 
        ano passado, por exemplo, o piso foi de R$ 4.420,55. 
   Fonte: otempo.com.br, sinepe-rs.org.br, 
        gazetasp.com.br     LEIA TAMBÉM 
       
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