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A
Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp)
aprovou o aumento de 9,56% nas contas de água em São Paulo. A medida foi
publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (7).
O reajuste aprovado pela Arsesp, que passa a valer à
partir de 10 de maio, atende a uma solicitação feita pela Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O novo valor da
tarifa vale para estabelecimentos residenciais, comerciais, industriais
e públicos.
O
aumento na conta ocorre em meio à discussão sobre a possibilidade de
privatização da empresa estatal, que atende 370 municípios do Estado de
São Paulo. Nos próximos dias, o governador Tarcisio de Freitas deve
assinar um contrato com a IFC, agência do Banco Mundial, para realização
de estudos sobre uma possível privatização da estatal.
O governador tem defendido que a privatização deve
diminuir a conta de água do Estado. Tarcísio de Freitas (Republicanos)
assinou nesta segunda-feira (10) contrato com o IFC, agência ligada ao
Banco Mundial, para realização de estudos sobre a privatização da
Sabesp. O anúncio foi feito durante evento no Palácio dos Bandeirantes,
sede do Governo Estadual, para apresentar resultados dos 100 dias de
gestão.
"Tenho certeza que a grande arma é o esclarecimento. Com o estudo, vamos
poder saber se é o melhor passo a ser dado, se vamos mobilizar muitos
Investimentos, se vamos melhorar a qualidade da prestação de serviços,
se vamos cumprir as metas de universalização, vamos levar água e
saneamento para mais gente, com custos mais baixos. Se a resposta for
sim, seguiremos em frente e vamos ter os argumentos para levar às
pessoas. Esse primeiro passo é fundamental", afirmou.
O
governador declarou também que uma possível privatização da Sabesp não
implicará a venda total da participação societária do Estado na empresa
de saneamento. Tarcísio lembrou que 49,7% do capital da companhia já é
privado e que, com a desestatização, o Governo deve deixar de ser
acionista majoritário, mas mantendo "participação relevante".
"A Sabesp já tem boa parte do seu capital privado, sendo 49,7% privado e
50,3% público. Quando você discute privatização, discute controle. Isso
não significa que o Estado vai sair completamente da Sabesp, que o
Estado não vai ter participação relevante, sem manter voz dentro da
empresa. A gente vai transferir uma participação para iniciativa
privada" explicou.
Preocupação
Nas
cidades da Baixada Santista, as prefeituras se mostraram preocupadas com
a possibilidade de privatização da Sabesp.
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