A AIDS foi uma das doenças mais mortais já descobertas, matando mais de
12 milhões de pessoas somente entre os anos de 1980 e 1990.
Sendo um vírus
contraído por relações sexuais com pessoas contaminadas ou por contato
com o sangue contaminado, em meados dos anos 90 ela passa a ser
considerada uma doença crônica, devido as medidas antirretrovirais
desenvolvidas.
Através de transplantes
de órgãos e mutações que criam resistência ao HIV, confirma-se hoje que
existem pessoas que não são mais afetadas pela AIDS.
A remissão da
infecção por HIV é a cura da AIDS?
Especificamente, a remissão de vírus é o período em que o
vírus permanece sob controle, ou seja, o paciente pode estar sem
qualquer evidência da doença (Remissão Completa), mas não é considerado
totalmente curado, por causa do risco dos sintomas retornarem.
Timothy Ray Brown,
conhecido como o paciente de Berlin, foi o primeiro caso conhecido
como "cura" do HIV - ele recebeu transplante de células-tronco para
tratar de uma leucemia em 2006. O doador tinha uma mutação rara
conhecida como CCRS desta 32, que resulta na falta de CCR5, um
correceptor do HIV, usado pelo vírus para contaminar células sadias.
Outro paciente,
conhecido como o paciente de Londres, que permanece com identidade
protegida, foi submetido a transplante de células-tronco para tratar o
linfoma de Hodgkin em maio de 2016. Como Brown, seu doador tinha a mesma
mutação genética. Mais um caso, agora em Dusseldorf na Alemanha
aconteceu em mesma situação de transplante de células-tronco, após
receber de um paciente com a mesma mutação genética - o receptor estava
tratando da leucemia mieloide aguda.
Em todos os casos as
células-tronco dos doadores têm uma mutação específica e rara,
significando que elas não possuem os receptores usados pelo HIV para
infectar as células sadias. Este é certamente o maior passo em direção à
cura definitiva de tão terrível doença.
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